Nem mesmo um projeto recém-implantado no Tribunal de Justiça da Bahia, em que pese o investimento de milhões, consegue funcionar a contento.
É o que se constata no 1º Cartório Integrado de Varas Cíveis, em Salvador . A imagem mostra o descaso do TJ-BA com o Balcão Virtual, criado para facilitar o atendimento a advogados e partes.
Ao mesmo tempo, a imagem também reflete o esforço feito pelos servidores para prestarem atendimento.
“Estou sem aúdio mas consigo te ouvir. Digite o nº do processo e fale a demanda”, escreveu um servidor em um pedaço de papel apontando para a câmera nesta segunda-feira (21) ao atender o advogado Mateus Nogueira.
Indignado com a situação, o advogado expôs a situação nas redes sociais. “Foram milhões de reais investidos na implementação de balcões virtuais no Tribunal de Justiça da Bahia. Enquanto se gasta milhões e não fiscaliza satisfatoriamente o uso do dinheiro do povo, advogados e servidores seguem se desdobrando em mil para tentar fazer o Judiciário da Bahia funcionar…”
Em seguida, ele foi até ao Fórum constatar in loco o problema e após conversar com os servidores detalhou a situação.
“É inacreditável que o Tribunal monte o sistema, adquira o material e esse material não chegue ao cartório e os servidores tenham que trazer de casa, servidor fazer vaquinha para comprar webcam, comprar microfone, trazer um fone de ouvido de celular para usar no computador do Balcão Virtual porque o Tribunal de Justiça não fornece. Isso é um absurdo. Alguém precisa responder onde está esse material e para onde foi destinado esse dinheiro que foi gasto, isso é dinheiro do povo, não é dinheiro do Tribunal”, relatou.
O problema, ao que parece, é quase generalizado. A advogada Lolly Sousa também contou sua experiência em outra vara da capital Salvador. “No balcão de uma vara do Juizado do Consumidor de Salvador estão também. Servidor diz que está sem vídeo e áudio e manda escrever no chat o número do processo e a demanda. É difícil…”
Até a publicação desta notícia, a JuriNews não obteve retorno do TJ-BA sobre o funcionamento dos balcões virtuais. A OAB-BA ainda não se posicionou sobre o assunto.
Por Redação JuriNews
Fonte: jurinews.com.br
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