Tribunal de Ética da OAB-BA suspende por 90 dias advogado investigado por homicídio

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bit.ly/3eGqJQc | A 2ª Turma do Tribunal de Ética e Disciplina (TED) da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) da Bahia determinou  em sessão realizada nesta segunda-feira (15) a suspensão preventiva, por 90 dias, do advogado José Geraldo Lucas Júnior, investigado por denúncia de homicídio.

A Corte Disciplinar entendeu que a conduta investigada, por si só, causou repercussão e reprovabilidade social, sendo incompatível com o exercício da profissão por repercutir de forma negativa à dignidade da advocacia e o interesse público. 

No julgamento o advogado ofereceu defesa oral, através de patrono por ele constituído. A medida é de natureza acautelatória e, portanto, provisória. O processo principal continua em trâmite.

Relembre o caso

O crime aconteceu em um quiosque ao lado da Barraca do Zurca, na Praça do Canal. Houve muita correria no local. Lucas estava no bar com a esposa, o irmão e a cunhada. Quando as mulheres levantaram para ir ao banheiro, um dos suspeitos teria 'mexido' com a mulher dele. Lucas então se aproximou para tirar satisfação, mas os dois brigaram. O advogado estava armado e atirou. 

Lucas foi baleado na cabeça e no peito e morreu no local. De acordo com a 39ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM/Boca do Rio), na noite do crime, o Centro Integrado de Comunicações (Cicom) acionou policiais militares da unidade após informações de disparos de arma de fogo. No local, a equipe já encontrou a vítima sem vida e isolou a área para perícia.

A esposa e a cunhada contam que o suspeito perseguiu as duas no banheiro do bar. Elas foram seguidas e assediadas insistentemente por José Geraldo, dizem. A partir daí, Lucas e o irmão, Lauro, interviram e uma discussão começou, mas sem agressões físicas. Os irmãos foram pagar a conta para ir embora do bar, mas o acusado não quis por fim à confusão. Ele saiu do bar e retornou, dando um soco em Lauro. Lucas entrou na frente do irmão, mas não teve tempo de reagir. O criminoso disparou contra Lucas e três tiros o atingiram, contaram.

"Ele me deu um soco, eu fui agredido pelo assassino do meu irmão. Eu não fiz nada com ele, meu irmão não fez nada com ele, a minha esposa e a esposa de meu irmão não fizeram nada com ele. Quem fez foi ele. As câmeras estão lá", diz Lauro.

A esposa de Lucas também diz que ele não chegou a ter nenhuma reação. "Meu marido não teve tempo de fazer nada. Ele deu um tiro sem meu marido nem tocar nele. Ele veio de lá sorrindo, eu não vou esquecer. Ele premeditou tudo, tirou foto da gente", diz. Ela conta que entrou com a cunhada no banheiro para escapar de Geraldo, mas ele as seguiu.

Lucas morava em São Cristóvão e tinha uma barbearia em Pernambués. O assassinato deixou duas crianças órfãs: uma garota de 8 anos e um garoto de 4 anos.

Da redacao@correio24horas.com.br
Fonte: www.correio24horas.com.br

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