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“Elevada periculosidade”: juiz nega soltar homem acusado de esquartejar mulher no DF

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Via @correio.braziliense | Preso desde agosto deste ano pelo assassinato de Ingrid Michelli Siqueira Pinheiro, 38 anos, Francisco Lucas Vale Lima, 25, teve o pedido de revogação da prisão preventiva negado pela Justiça do Distrito Federal. Ele é um dos três acusados de matar e esquartejar a vítima, encontrada enterrada na região conhecida como Curral, no Areal.

Francisco participou de um dos casos mais violentos registrados no DF neste ano. Ele, Breno de Souza, 23, e Rafael Henrique Teixeira, 19, mataram e esquartejaram Ingrid. A mulher vivia em situação de rua à época do crime. Os acusados apresentaram versões conflitantes sobre a motivação do homicídio.

Na semana passada, Francisco acionou a Justiça por meio dos advogados para pedir a revogação da prisão. Na decisão obtida pela reportagem, a defesa alegou que o réu “tem residência fixa no distrito da culpa e é pai de uma criança de sete anos, além de não representar risco de comprometimento da instrução processual".

O Ministério Público manifestou-se pelo indeferimento do pedido, e a Justiça acatou. “A defesa não aponta fato novo relevante, limitando-se a reiterar argumentos já examinados, especialmente quanto às condições pessoais do acusado e à presunção de inocência. Tais elementos são insuficientes para afastar a necessidade de prisão”, escreveu o juiz.

O magistrado mencionou ainda que há prova da materialidade e indícios de autoria em relação a homicídio qualificado de “extrema gravidade, praticado, em tese, com emprego de violência exacerbada e com posterior ocultação do cadáver, em contexto que denota elevada periculosidade e repercussão social. A forma de execução e o cenário em que o crime se insere causam intimidação da comunidade local”.

Versões

Rafael, um dos presos, contou em depoimento à época, que Ingrid passou a noite na casa dele e, perto do amanhecer, acordou e a viu prestes a ir embora. Relatou ter notado o sumiço do celular e questionou se ela havia pegado o aparelho, o que foi negado por Ingrid. Segundo ele, ao usar o telefone de um vizinho para ligar para o próprio número, o aparelho tocou na cintura da mulher. Os dois teriam tido uma discussão, e Ingrid foi embora.

Durante a oitiva, Rafael disse que, após a saída de Ingrid da casa, notou que havia sumido R$ 280 dos pertences dele. A mulher chegou a ficar sumida da região do Curral por cerca de quatro dias.

A informação sobre o furto do dinheiro circulou na região, e a polícia, ao iniciar a investigação do caso, deparou-se com um rol de versões conflitantes apresentadas pelos suspeitos. Depois de localizar o corpo após uma denúncia anônima e interrogar Rafael, os investigadores chegaram ao nome de Francisco Lucas, colega de Rafael.

Na delegacia, Rafael afirmou ter reencontrado Ingrid após o suposto furto, mas disse que a ignorou. Dias depois, relatou que, ao descer para consumir drogas em uma mata, encontrou Francisco com as roupas sujas de sangue. Questionado pelo colega, o homem teria confessado ter matado Ingrid por causa do furto.

Darcianne Diogo 
Fonte: @correio.braziliense

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