Ex-juíza é literalmente arrastada de uma sala de audiências para a cadeia; veja vídeo

bit.ly/2LMKEiF | Uma ex-juíza do Ohio que foi condenada a seis meses de cadeia por ter fornecido ilegalmente ao seu irmão documentos que o ajudariam a manter o seu emprego como funcionário judicial, teve de ser arrastada fisicamente do tribunal para cumprir a sentença.

Tracie Hunter, de 52 anos, cuja sentença original data de 2014, recusou-se a ir de modo próprio, e, vestida com roupas que lembravam a toga de magistrada, foi levada por polícias, entre gritos de "no justice, no peace" ("não há justiça, não há paz") de manifestantes fora do tribunal.

Hunter foi a primeira juíza afro-americana que serviu no tribunal de Menores, entre 2010 e 2014. Originalmente acusaram-na de vários crimes, desde alterar a data de decisões para impedir os procuradores de recorrer até aproveitar o seu acesso a documentos judiciais para tentar favorecer o seu irmão - ou, como diz a sentença, exercer um interesse ilegal num contrato público.



Foi este último crime que levou à sua condenação. A juíza recorreu e conseguiu suspender a pena até ao final dos recursos. Mas em maio um juiz federal decidiu que Hunter tinha mesmo de ir cumprir a pena.

O caso tinha entretanto gerado uma polêmica pública, e o juiz que agora sentenciou Hunter mostrou postais que aludiam a um atropelamento mortal de uma mulher no qual o juiz esteve envolvido em 2013. "Se o intuito eram intimidarem-me, falhou completamente", disse.

A própria ex-juíza tinha levantado a mesma questão perante esse juiz em 2015, durante uma audiência em que procurou obrigá-lo a recusar-se. Era uma das razões que ela invocava. Mas o juiz já na altura recusou, dizendo que a atitude no acidente não tinha nada a ver com o assunto em juízo e que invocá-lo naquele contexto era inapropriado e desprezível.

Como sabe qualquer pessoa que deixa uma divergência com um juiz tornar-se pessoal (Hunter, como ex-juíza, devia estar ciente disso), não foi o gesto mais eficaz. Porém, como entretanto ela parece ter desenvolvido problemas de saúde, há apelos ao governador do estado para lhe comutar a pena - apelos que o procurador local subscreve. Mas tem de ser ela a fazer o pedido.

Por Expresso
Fonte: www.noticiasvip.com.br

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