Polícia investiga denúncia de que carne estragada era servida em presídio feminino de SC

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A Polícia Civil e autoridades sanitárias de Santa Catarina investigam uma denúncia de que carne estragada foi servida para as detentas do Presídio Feminino de Itajaí, no Vale, em março. De acordo com documentos obtidos pela NSC TV, uma vistoria feita pela Vigilância Sanitária municipal no dia 15 de março constatou que as carnes armazenadas em um freezer apresentavam "aspecto repugnante".

A alimentação no local é feita por uma empresa terceirizada. Segundo o delegado Fábio Osório, a Polícia Civil investigará se houve infração administrativa e eventual prática de conduta criminosa.

Uma amostra das carnes foi enviada para o Ministério da Agricultura, que deverá fazer uma análise técnica. O prazo para que os resultados saiam é até sexta (30), segundo a Vigilância Sanitária Municipal.

Além do órgão do município, o caso está sendo acompanhado pela Vigilância Sanitária Estadual, Secretaria de Administração Prisional e Ministério de Agricultura.

'Cheiro forte' e 'textura estranha'

De acordo com a Vigilância Sanitária de Itajaí, no dia 5 de março a nutricionista da unidade percebeu que a carne utilizada na alimentação das detentas e dos servidores do presídio tinha "cheiro forte, cor escura e algumas partes com textura estranha". Ela teve que substituir a carne por ovo.

Segundo o órgão, a administração prisional chamou a Vigilância Sanitária de Itajaí e a Polícia Civil para realizar a fiscalização no dia 15 de março. No dia seguinte, um caminhão da empresa responsável pelas carnes esteve no local para fazer a substituição dos produtos. Contudo, em 19 março os fiscais retornaram ao local e constaram que os lacres das carnes que estavam no freezer interditado haviam sido violados.

A Vigilância Sanitária de Itajaí também informou que as carnes tinham registro de Serviço de Inspeção Federal. O freezer foi novamente interditado pelos fiscais e o Ministério Público, notificado.

O que diz a empresa

A empresa terceirizada responsável pela alimentação no presídio feminino se manifestou através de nota onde afirmou que "a carne mencionada na reportagem estava separada para devolução ao fornecedor e não estava destinada ao uso, conforme documentos comprobatórios apresentados junto a Vigilância Sanitária". Sobre a violação no lacre, a empresa alegou não ter conhecimento sobre o ocorrido.

Por G1 SC e NSC TV
Fonte: g1.globo.com

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