Escritórios de advocacia devem investir no metaverso?

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Por @bernardodeazevedoesouza | Desde que o Facebook revelou a mudança de nome e identidade visual para Meta, em outubro de 2021, o desejo de investir no metaverso aumentou significativamente. A decisão do CEO Mark Zuckerberg alavancou as buscas pelos termos “metaverse” e “metaverso” na Internet, como demonstra o gráfico a seguir, extraído do Google Trends:

O metaverso e o Second Life

O metaverso não é um conceito novo. Tampouco é a primeira vez em que há interesse em relação ao tema. Nos anos 2000, houve frenesi semelhante com o Second Life. À época, aliás, alguns escritórios de advocacia nos Estados Unidos, no Reino Unido, no Canadá e no Brasil chegaram a inaugurar sedes no ambiente virtual desenvolvido pela Linden Lab.

No Brasil, o escritório de advocacia Opice Blum Advogados foi um dos primeiros a lançar uma sede no Second Life. Em entrevista à revista Veja, em abril de 2007, o advogado Renato Opice Blum referiu enxergar o ambiente virtual como uma extensão do site do escritório, “com a vantagem de ter interação com pessoas de verdade”.

A interação no Second Life ocorria por meio de avatares, capazes de ser customizados para corresponder às características físicas dos donos. Renato Opice Blum criou seu próprio avatar para interagir na plataforma, o Opiceblum Chevalier. A imagem a seguir, só para ilustrar, apresenta o profissional com o seu avatar do Second Life:

De acordo com o profissional,

O metaverso, holografia e todo tipo de interação digital fazem parte do estudo do Direito Eletrônico. Assim, logo que o Second Life, da Liden Lab, protagonizou o assunto, se tornou pauta. Agora, a história se repete. A dúvida fica quanto a evolução da intensidade dos aspectos sensoriais. Veremos. – Renato Opice Blum

De fato, a história se repete. Quatorze anos depois, o metaverso voltou a ser objeto de interesse de empresas e organizações. Escritórios de advocacia brasileiros já estão estudando plataformas como Horizon Workrooms, Decentraland e Roblox, para conquistar novos clientes, expandir sua atuação e oferecer novas modalidades de serviços jurídicos.

Investir no metaverso?

Embora não seja exatamente uma novidade, o metaverso de hoje e de amanhã será diferente daquele de ontem. Nos primeiros meses de 2007, a Apple sequer tinha lançado o iPhone. O conceito que revolucionou a forma como nos comunicamos e interagimos sequer estava disponível ao público. O poder computacional de hoje é muito mais avançado.

Muitos profissionais da advocacia provavelmente vão desconsiderar esse texto e ignorar todo o potencial do metaverso. É coisa do futuro, dirão alguns. Não vai chegar no Brasil, dirão outros. Mas, em suma, haverá um minoria disposta a experimentar a novidade (nem tão nova assim) e definir um planejamento para explorar o ambiente virtual.

Renato Opice Blum criou seu próprio avatar no Second Life (Foto: Fabiano Accorsi)

Quem chega cedo bebe água limpa.

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Bernardo de Azevedo
Advogado, empreendedor, professor e pesquisador de novas tecnologias. Acredita no poder da informação como forma de incentivar as pessoas a promover mudanças.
Fonte: bernardodeazevedo.com

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