Família de paciente que teve morte ironizada em AL processa estudante de medicina por danos morais

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Via @portalg1 | Parentes de Lenilda Silva Nunes, 62 anos, deram entrada em uma ação por danos morais contra a estudante de medicina Ana Carolina Nobre Leite. Também são réus na ação a Fundação Educacional Jayme de Altavila, à qual pertence o Centro Universitário Cesmac, e a Prefeitura de Marechal Deodoro. O valor da ação é de R$ 300 mil.

Em fevereiro, Lenilda deu entrada na Unidade Mista Dr. José Carlos de Gusmão, em Marechal Deodoro, com dores no peito e morreu em seguida. A morte dela foi ironizada nas redes sociais pela estudante de medicina Ana Carolina Nobre Leite e revoltou os familiares.

A Prefeitura Municipal de Marechal Deodoro informou que não irá comentar a ação judicial pois ainda não foi comunicada oficialmente sobre o processo pela Justiça de Alagoas. A nota diz ainda que a gestão lamenta o ocorrido e só deve comentar o caso em momento oportuno.

O g1 entrou em contato com a assessoria do Centro Universitário Cesmac e com a estudante de medicina , mas não havia obtido resposta até a última atualização desta reportagem.

Postagem ironizou morte de paciente

Lenilda Silva Nunes morreu em unidade de saúde em Marechal Deodoro, AL, e teve morte ironizada na internet por estudante de medicina — Foto: Arquivo Pessoal

Lenilda Silva Nunes, 62 anos, morreu em fevereiro após dar entrada na Unidade Mista Dr. José Carlos de Gusmão, em Marechal Deodoro, com dores no peito.

No momento de sua internação, a estudante de medicina reclama da chegada de uma paciente com edema agudo no pulmão bem perto da hora de seu descanso. Ela fez uma foto onde aparece o nome da paciente e os procedimentos realizados.

“Faltando 10 min para minha hora de dormir, chega mulher infartando e com edema agudo de pulmão, e agora já passou 1:30 da minha hora de dormir, tô puta”, postou. Em seguida, ela faz um novo post dizendo que "a mulher morreu e eu não dormi”.

A nora de Lenilda, Aline dos Santos Moreira, contou como foi o atendimento realizado pela estagiária. Com a repercussão do caso, a família buscou assistência jurídica.

"Fizemos todo o protocolo e, depois da triagem, a estudante de medicina pediu para que a gente entrasse na sala. Ela estava com muita cara de sono, calada. Eu fui logo dizendo que ela [dona Lenilda] estava com muita dor no peito. E a estudante de medicina continuou calada, não esboçou nenhuma reação. Em seguida, acredito que ao ouvir os gritos da minha sogra, o médico abriu a porta e já foi dando as devidas providências. Pegou ela e já foi mandando ir para outra sala e pediu para eu me retirar", relatou Aline.

Por g1 AL
Fonte: g1.globo.com

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