Após repercussão negativa, o Conselho Pleno da OAB/SP aprovou o envio de ofício à subseção cobrando esclarecimentos.
A iniciativa gerou indignação, foi considerada retrocesso, e culminou na criação de um manifesto, no qual se afirma que a Comissão da Mulher Advogada, ao contrário da recém-criada, possui raízes históricas e sociais sólidas, e que se configura como mecanismo de alcançar o equilíbrio, nunca a supremacia. A comissão do Homem, por sua vez, não teria apresentado nenhuma proposta inovadora.
O documento lembra que vivemos em uma sociedade machista na qual mulheres ainda recebem salários inferiores para trabalhos idênticos.
"A Comissão do Homem Advogado aprofunda o preconceito e a cultura misógina já existente em nossa sociedade, inaceitáveis dentro da OAB, instituição que tem o dever de defender a Constituição e promover uma sociedade igualitária."
Após a reação, a OAB Santana publicou nota oficial afirmando que a criação da comissão do Homem foi necessária para que as necessidades dos homens fossem atendidas, sem que sejam retiradas quaisquer necessidades das mulheres.
"Não se trata de segregar ou silenciar as mulheres, como manifestado, tampouco aumentar a disparidade entre homens e mulheres. (...) É sabido que a saúde da mulher é largamente debatida e exigida, no entanto, a saúde do homem é tratada de forma limitada, de modo que é lembrada somente no mês novembro para tratar da próstata."
O texto afirma que homens vivem em média sete anos a menos do que mulheres, e destaca a questão da saúde mental dos homens, "que estão submetidos a pressão social própria do sexo masculino".
"Impera enfrentar que a violência doméstica está diretamente ligada à saúde mental do homem, ficando evidente a necessária criação de políticas públicas voltadas a prevenção de transtornos mentais aos homens."
Confira a nota:
Veja o vídeo da criação da comissão:
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