Exame de Ordem: maioria dos cursos de direito não consegue aprovação na OAB

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bit.ly/2VzfAFo | De acordo com levantamento do Ranking Universitário Folha (RUF 2019), feito pelo jornal Folha de São Paulo, apenas 51 cursos de direito conseguem aprovar mais da metade dos estudantes no Exame da Ordem dos Advogados do Brasil. O balanço foi concluído agora em outubro.

O jornal pegou os dados de 2015 a 2017 e identificou que 897 instituições diferentes tiveram alunos inscritos no Exame da OAB, mas que 721 destes cursos não conseguiram aprovar nem 25% dos alunos.

“O ideal é que todos os egressos alcancem o êxito. No entanto, uma boa instituição de ensino superior detém média de aprovação acima de 50% no Exame da Ordem”, revela José Alberto Simonetti, secretário-geral da OAB.

Conseguir a aprovação na OAB é pré-requisito para que o bacharel em direito tenha permissão de exercer a atividade de advogado. Ou seja, a grande maioria precisa fazer a prova mais de uma vez para poder praticar a profissão.

Dez faculdades que mais aprovam na OAB

A avaliação da Folha de São Paulo identificou as universidades com melhor taxa de aprovação no Exame da Ordem dos Advogados do Brasil.

UNESP > 74% de aprovação

UFPE > 73% de aprovação

UFV > 73% de aprovação

UFERSA > 72% de aprovação

FGV-Rio > 72% de aprovação

UFMG > 72% de aprovação

USP > 72% de aprovação

UFJF > 72% de aprovação

UFPR > 69% de aprovação

UFC >  68% de aprovação

“A aprovação na OAB não é um objetivo em si, não oferecemos cursinho preparatório. É uma consequência natural de uma formação humanística e técnica”, revela Kelly Cristina Canela, coordenadora do curso de direito da UNESP.

A lista acima tem um predomínio de instituições públicas, com a FGV do Rio de Janeiro sendo a única exceção dentre as particulares. Os estudante do curso de direito da Fundação Getúlio Vargas é proibido de estagiar até o terceiro ano para que o foco seja exclusivo na formação, mas exige o trabalho de campo desde o início da graduação.

“A prova da OAB cobra conteúdos desde o primeiro ano. A taxa de retenção de conhecimento depois de dois anos é baixa se você só leu e teve aulas. Se discutiu, a retenção aumenta. Se trabalhou naquilo, é ainda melhor”, destaca Thiago Bottino, coordenador do curso da FGV.

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Mayk Souza
Fonte: www.jornaljurid.com.br

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