"Não sei qual é o problema", reage juiz após advogado agressor pedir sigilo

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Via @correio.braziliense | O juiz Ernane Fidelis Filho, da 11ª Vara Cível de Brasília, rejeitou o pedido da defesa do advogado agressor Cledmylson Lhayr Feydit Ferreira, 60, de colocar um processo em que ele aparece sob segredo de Justiça. O advogado é acusado de ameaçar de morte um conselheiro da Ordem dos Advogados (OAB) e de agredir uma advogada, no Sudoeste.

A decisão foi proferida no dia (18/4). O magistrado reagiu de uma maneira bem inusitada ao pedido dos representantes de Cledmylson, que argumentaram que o sigilo era em decorrência da situação conflituosa do cliente com “a imprensa, poder judiciário e OAB-DF”.

“Não sei qual é o problema que o ilustre advogado se envolveu e, sinceramente, tampouco quero saber. O certo, contudo, é que este caso, seguramente, não tem qualquer relação com o sucedido, a não justificar a imposição de qualquer sigilo. Posto isso, indefiro o pedido”, escreveu Filho.

Nesse processo, Cledmylson e o irmão cobram danos morais e indenização. Eles argumentam que deixaram um Fusca, modelo 1986, em uma oficina do Setor de Oficinas Norte (SOFN) para fazer ligações de fios, além da instalação de bicos injetores, motor e outros serviços, em 2020. No entanto, o advogado agressor argumenta no processo que o proprietário da oficina não cumpriu o prazo de entrega e nem com a quantia inicialmente cobrada.

Calote

Não é o primeiro processo em que Cledmylson tenta colocar o processo sob sigilo. No fim do mês passado, o juiz da 17ª Vara Cível de Brasília rejeitou um pedido para colocar um caso em que o advogado agressor é acusado.

Nesse processo, o advogado preso tem que pagar mais de R$ 20 mil por dar calote em um inventário após o falecimento de uma mulher. O caso ocorreu há 13 anos, quando Cledmylson ofereceu os serviços a dois irmãos — após o falecimento da mãe deles.

O advogado pegou os dois veículos da falecida e vendeu, sem avisar os filhos da mulher. Após isso, os irmãos tiveram que exigir judicialmente a devolução dos veículos. A partir daí, foi iniciada uma guerra judicial. Atualmente, ele segue preso e teve a carteira de advogado suspensa.

Pablo Giovanni
Fonte: www.correiobraziliense.com.br

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