Na nova versão de seu relatório, o deputado Hugo Leal também recuou de sua decisão e incluiu R$ 1,7 bilhão para o reajuste salarial de policiais federais em 2022, ano eleitoral. Pedindo reserva, dois integrantes da CMO afirmaram à Jovem Pan que o relator do Orçamento cedeu à pressão feita pelo presidente Jair Bolsonaro. Em uma reunião reservada, Leal informou a colegas que recebeu uma ligação do chefe do Executivo federal na segunda-feira, 20, pedindo a inclusão desta despesa. Ao chegar para uma reunião no Ministério da Economia, o relator disse que não recebeu nenhuma demanda. Na primeira versão do parecer, não havia a previsão de reajuste para os servidores da segurança pública, que integram a base de apoio do presidente da República. Com o arranjo feito, o governo precisará explicar, via projeto de lei ou medida provisória (MP) quais serão as categorias beneficiadas.
Na prática, o aceno aos policiais também contraria a equipe econômica e o ministro Paulo Guedes, que já havia se manifestado contra o aumento por temer a pressão de outras categorias. Apesar da resistência, o titular da pasta assinou um ofício pedindo a reserva de aproximadamente R$ 2,5 bilhões no Orçamento para conceder reajustes aos servidores. No documento encaminhado ao deputado Hugo Leal, o titular da pasta afirmou que a alteração era necessária “tendo em vista a decisão do presidente da República quanto à reestruturação de determinadas carreiras do Poder Executivo Federal”.
Por Jovem Pan
Fonte: jovempan.com.br
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