No final de dezembro, a Polícia de Mato Grosso afirmou ter prendido o executor, o responsável por contratar o homicídio e a mandante do crime. Assim como Caçadini, os outros três envolvidos foram presos em Minas Gerais.
— A equipe compareceu na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais, para cumprir a prisão do coronel do Exército Brasileiro suspeito de financiar o homicídio do advogado Roberto Zampieri. A partir desse momento cumprimos busca e apreensão e efetuamos a prisão temporária desse suspeito. Em breve, poderemos concluir o inquérito policial — disse o delegado Nilson Farias.
Zampieri, de 56 anos, foi assassinado no dia 5 daquele mês na frente de seu escritório no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá. Ele estava dentro de uma picape Fiat Toro quando foi atingido por diversos disparos de arma de fogo.
Luiz Caçadini foi nomeado em janeiro de 2019 para chefiar a Subsecretaria de Integração de Segurança Pública do governo de Minas Gerais. Em setembro do mesmo ano, o coronel da reserva foi exonerado do cargo a pedido. Atualmente, o militar trabalha como diretor da Consultoria de Inteligência e Estratégia Empresarial Ltda e da Treinatur, empresas especializadas em treinamentos na área de segurança, segundo seu perfil no Linkedin.
Em 2022, Caçadini recebeu o Título de Cidadania Honorária pela Câmera Municipal de Belo Horizonte.
A Polícia Civil do Mato Grosso aponta Maria Angélica Caixeta Gontijo, de Patos de Minas, como a mandante do crime. Além do passaporte apreendido, ela, que tem registro de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC), teve três armas confiscadas pelas autoridades.
A motivação do crime, segundo a polícia, seria uma disputa na Justiça por uma fazenda na cidade de Ribeirão Cascalheira (MT). Zampieri seria o advogado da parte vencedora, contrária a Maria Angélica Gontijo.
Por Paulo Assad
Fonte: @jornaloglobo
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