Segundo o processo, testemunhas disseram que o funcionário foi apelidado pelo coordenador e inclusive era apresentado a novos colegas dessa forma. Ainda de acordo com relatos, o superior se referia ao empregado com “Idi” até em reuniões.
Em dezembro do ano passado, a empresa Vitallis foi condenada a pagar a indenização no valor de R$ 15 mil, mas recorreu da decisão. No recurso, ela disse que não teve culpa do ocorrido e que o ex-empregado nunca se mostrou incomodado com a situação.
De acordo com a Justiça, a Vitallis ainda argumentou que a atribuição de apelidos aos empregados era normal no ambiente de trabalho, tratando-se de brincadeira, sem o intuito de ofender. Entretanto, os desembargadores não aceitaram os argumentos da empresa e mantiveram a condenação.
“Não há dúvidas de que ele se incomodava e de que a atribuição do apelido 'Idi Amim', em referência ao gorila que vivia no zoológico desta capital, é extremamente preconceituosa, expondo o trabalhador a situação, no mínimo, constrangedora e humilhante”, afirmou o relator, o desembargador Marcus Moura Ferreira.
Para o magistrado, a empresa não tomou as medidas necessárias para coibir a prática, havendo omissão em garantir um ambiente de trabalho saudável para os seus empregados.
O G1 entrou em contato com a assessoria de imprensa da Vitallis para se posicionar. Em nota, a empresa disse que "preza pelo cumprimento dos valores organizacionais, pelo cuidado aos colaboradores e repudia qualquer atitude de desrespeito aos mesmos". E acrescentou: "Todas as ações já foram tomadas para que situações como essa não se repitam".
*(Imagem meramente ilustrativa: reprodução Internet)
Fonte: g1.globo.com
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