bit.ly/2MnLEsj | Habemus recesso!!!
Se eu falar para vocês que este artigo já estava escrito, em minha mente, faz uns dois meses, mas somente agora eu tive como sentar e escrever, ‘cês acreditariam? Pois é, 2019 passou como uma locomotiva por quase todos nós e eu chequei a compartilhar aqui (clica ó!) todo o processo de reconstrução pelo qual estou passando, pessoalmente e profissionalmente.
Recesso forense, final de ano, janeiro batendo a porta, verão. Ah, o verão... E com ele vários planos e promessas. Porém, a ideia desse artigo é propor uma reflexão profunda sobre um conceito, que no mundo dos negócios tem se propagado, sobretudo no mercado financeiro. Você já ouviu falar de: Antifrágil?! Se a resposta for não, tudo bem... bem-vindo (a), e vamos juntos desvendar esse conceito.
Segundo sua construção teórica, o resiliente é aquele que quando submetido a uma força contrária consegue chegar próximo ao estado original, ou seja, consegue seguir em frente ou reconstruir. Porém, o que Taleb nos apresenta como o oposto de frágil, portanto, Antifrágil é algo que quando colocada em choque não só retorna ao estágio originário, mas retorna melhor; mais forte.
O autor é famoso por outro livro, “A lógica do cisne negro” onde ele fala sobre eventos imprevisíveis no mundo dos negócios. Neste novo, introduz a incerteza como um fator desejável e até necessário para que possamos construir, no cotidiano, coisas resistentes ao imponderável. No mercado financeiro, considerando os ciclos capitalistas, a Antifragilidade se tornou a capacidade das empresas de não só resistirem a ciclos de baixa, mas também de melhorarem seus negócios em condições desfavoráveis. Mas o grande “xís” da questão é que o conceito é tão abrangente que pode ser aplicado à advocacia!
(Fonte: Google Imagens | Cena do filme Clube da Luta)
Você precisa, Saulo, pensar em setores perenes para advocacia. Por exemplo, escolhi a área empresarial, porque no nosso sistema capitalista globalizado dificilmente deixaremos de ter corporações, até porque a iniciativa privada é uma garantia constitucional. Tivemos mudanças muito severas no ano passado [2017] com o direito do trabalho e eu já pude ver que essa área vai mudar bastante. Quer dizer que vai deixar de ter relações de trabalho que a área vai acabar? Não... pelo menos nos próximos cinco anos. Mas é um futuro incerto.
Quem apostou suas fichas, estruturando escritórios para atuação contenciosa exclusiva em trabalhista está passando e vai passar severas dificuldades. Então, o advogado precisa estar atento a essas mudanças, seja para aproveitar oportunidades nas mudanças, seja para escolher setores perenes.
E a conversa entre nós continuou... Eu não sabia, mas naquela época já estava aplicando o conceito de antifragilidade na advocacia. Você, que está lendo este artigo, neste exato momento, faça-se a seguinte pergunta: Quais ramos do direito dificilmente mudariam nos próximos cinco anos?
Certamente você vai chegar em áreas como: empresarial, consumidor, família, imobiliário, constitucional. São áreas que são mais perenes, que tem legislações mais consolidadas. Contudo, há áreas como: trabalho, tributário, previdenciário; que passaram (ou vão passar) por mudanças muito recentes que ainda, sequer, tiveram um tempo de acomodação da jurisprudência. Está tudo muito novo nessas últimas áreas.
Utilizando novamente o exemplo da área trabalhista, muita coisa foi mudada com a Reforma Trabalhista, porém muitos advogados da “velha guarda” não quiseram se adaptar. O resultado? Uma queda vertiginosa das reclamações em todo Brasil (matéria do Nexo Jornal), afetando todo esse ramo do direito. Isso quer dizer que as relações de trabalho acabaram? Isso quer dizer que os litígios deixaram de existir?
(Fonte: Nexo Jornal)
Apesar de parecer assustador, sobretudo para uma advocacia mais clássica, o (a) advogado (a) Antifrágil precisa entender esses movimentos e se adaptar. Fazer mais e melhor! Aqui vou dar o braço a torcer, 2019 foi o ano onde mais tivemos mudanças (até então) no ramo do direito empresarial. Principalmente, com a Lei da Liberdade Econômica, Trabalho Verde Amarelo e algumas legislações esparsas na área de inovação e startups. Com a avalanche de prazos, pouco tive tempo para estudar a fundo as legislações. Contudo, minimamente, mantive-me atualizado.
Isso me permitiu ver brechas, soluções e sinalizar para clientes novas possibilidades. Produzir conteúdo sobre isso e, consequentemente, reinventar a minha advocacia. O nosso material é o conhecimento e precisamos estar sempre atentos às mudanças.
(Fonte: Google Imagens)
Essa pergunta, num primeiro momento, parece absurda. Mas ela tem a ver com outra dura realidade: a advocacia como conhecemos está com seus dias contados. Repetir tese, copiar e colar, fazer audiência como correspondente, despachar pessoalmente... cada vez mais a tecnologia vai eliminar ou modificar completamente a forma como fazemos determinadas coisas.
Isso quer dizer que a advocacia vai acabar? Certamente não! Porém, o que ela for virar vai depender do quão Antifrágil você vai se tornar para, contra o choque, reinventar-se!
(Há) Braços!
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Tem alguma crítica, dúvida ou sugestão? Fala comigo nos comentários, que é onde nós avançamos e construímos um debate mais profundo!
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Thiago Noronha Vieira | E-mail: thiagonoronha@acnlaw.com.br
Advogado. Sócio do Álvares Carvalho & Noronha – Advocacia Especializada (ACNLaw). Pós-Graduado em Direito Empresarial pela PUC/MG. Presidente da Comissão de Direito Privado e Empreendedorismo Jurídico da OAB/SE. Diretor Jurídico do Conselho de Jovens Empreendedores de Sergipe (CJE/SE).
Siga-me no instagram @thiago.nvieira ✅
Thiago Noronha Vieira
Advogado empresarial, trabalhista e cível.
Advogado, sócio do Álvares Carvalho & Noronha - Advocacia Especializada (@acnlawadvocacia) em Aracaju/SE. Pós-Graduado em Advocacia Empresarial pela PUC/MG. Presidente da Comissão de Direito Privado e Empreendedorismo Jurídico da OAB/SE. Atuante nas áreas do Direito Empresarial, Direito Condominial, Compliance, Direito de Startups, Direito do Trabalho, Direito do Consumidor e Direito Civil. Contato: thiagonoronha@acnlaw.com.br | (79) 99824-6050 | Instagram: @thiago.nvieira
Fonte: thiagonvieira.jusbrasil.com.br
Se eu falar para vocês que este artigo já estava escrito, em minha mente, faz uns dois meses, mas somente agora eu tive como sentar e escrever, ‘cês acreditariam? Pois é, 2019 passou como uma locomotiva por quase todos nós e eu chequei a compartilhar aqui (clica ó!) todo o processo de reconstrução pelo qual estou passando, pessoalmente e profissionalmente.
Recesso forense, final de ano, janeiro batendo a porta, verão. Ah, o verão... E com ele vários planos e promessas. Porém, a ideia desse artigo é propor uma reflexão profunda sobre um conceito, que no mundo dos negócios tem se propagado, sobretudo no mercado financeiro. Você já ouviu falar de: Antifrágil?! Se a resposta for não, tudo bem... bem-vindo (a), e vamos juntos desvendar esse conceito.
O que é Antifrágil?
Antifrágil é um conceito desenvolvido pelo escritor bestseller Nassim Nicholas Taleb. Este conceito surge de uma analogia para buscar o antônimo da palavra “frágil”. Ao contrário do que se pensa, o oposto de frágil não é duro (este é o oposto de mole). Frágil é algo que se quebra totalmente quando colocado em contato com uma força contrária, como uma pancada, um choque, uma pressão. O autor também afasta uma palavra que hoje está na moda que é a resiliência.Segundo sua construção teórica, o resiliente é aquele que quando submetido a uma força contrária consegue chegar próximo ao estado original, ou seja, consegue seguir em frente ou reconstruir. Porém, o que Taleb nos apresenta como o oposto de frágil, portanto, Antifrágil é algo que quando colocada em choque não só retorna ao estágio originário, mas retorna melhor; mais forte.
O autor é famoso por outro livro, “A lógica do cisne negro” onde ele fala sobre eventos imprevisíveis no mundo dos negócios. Neste novo, introduz a incerteza como um fator desejável e até necessário para que possamos construir, no cotidiano, coisas resistentes ao imponderável. No mercado financeiro, considerando os ciclos capitalistas, a Antifragilidade se tornou a capacidade das empresas de não só resistirem a ciclos de baixa, mas também de melhorarem seus negócios em condições desfavoráveis. Mas o grande “xís” da questão é que o conceito é tão abrangente que pode ser aplicado à advocacia!
(Fonte: Google Imagens | Cena do filme Clube da Luta)
Como o conceito de Antifrágil pode ser usado na advocacia?
Lembro-me de quando conversava com meu sócio no final do ano passado (2018), durante o encerramento do exercício financeiro. Tínhamos tido um primeiro ano muito positivo, afinal, estávamos saindo do zero. Neste ínterim, conversávamos sobre as áreas de atuação do escritório (Condominial e Empresarial) e eu falei algo mais ou menos assim:Você precisa, Saulo, pensar em setores perenes para advocacia. Por exemplo, escolhi a área empresarial, porque no nosso sistema capitalista globalizado dificilmente deixaremos de ter corporações, até porque a iniciativa privada é uma garantia constitucional. Tivemos mudanças muito severas no ano passado [2017] com o direito do trabalho e eu já pude ver que essa área vai mudar bastante. Quer dizer que vai deixar de ter relações de trabalho que a área vai acabar? Não... pelo menos nos próximos cinco anos. Mas é um futuro incerto.
Quem apostou suas fichas, estruturando escritórios para atuação contenciosa exclusiva em trabalhista está passando e vai passar severas dificuldades. Então, o advogado precisa estar atento a essas mudanças, seja para aproveitar oportunidades nas mudanças, seja para escolher setores perenes.
E a conversa entre nós continuou... Eu não sabia, mas naquela época já estava aplicando o conceito de antifragilidade na advocacia. Você, que está lendo este artigo, neste exato momento, faça-se a seguinte pergunta: Quais ramos do direito dificilmente mudariam nos próximos cinco anos?
Certamente você vai chegar em áreas como: empresarial, consumidor, família, imobiliário, constitucional. São áreas que são mais perenes, que tem legislações mais consolidadas. Contudo, há áreas como: trabalho, tributário, previdenciário; que passaram (ou vão passar) por mudanças muito recentes que ainda, sequer, tiveram um tempo de acomodação da jurisprudência. Está tudo muito novo nessas últimas áreas.
Utilizando novamente o exemplo da área trabalhista, muita coisa foi mudada com a Reforma Trabalhista, porém muitos advogados da “velha guarda” não quiseram se adaptar. O resultado? Uma queda vertiginosa das reclamações em todo Brasil (matéria do Nexo Jornal), afetando todo esse ramo do direito. Isso quer dizer que as relações de trabalho acabaram? Isso quer dizer que os litígios deixaram de existir?
(Fonte: Nexo Jornal)
Apesar de parecer assustador, sobretudo para uma advocacia mais clássica, o (a) advogado (a) Antifrágil precisa entender esses movimentos e se adaptar. Fazer mais e melhor! Aqui vou dar o braço a torcer, 2019 foi o ano onde mais tivemos mudanças (até então) no ramo do direito empresarial. Principalmente, com a Lei da Liberdade Econômica, Trabalho Verde Amarelo e algumas legislações esparsas na área de inovação e startups. Com a avalanche de prazos, pouco tive tempo para estudar a fundo as legislações. Contudo, minimamente, mantive-me atualizado.
Isso me permitiu ver brechas, soluções e sinalizar para clientes novas possibilidades. Produzir conteúdo sobre isso e, consequentemente, reinventar a minha advocacia. O nosso material é o conhecimento e precisamos estar sempre atentos às mudanças.
(Fonte: Google Imagens)
A hora de pensar é agora!
O começo de ano e a pausa nos prazos é um momento propício para repensar as estratégias e, se for o caso, pensar sobre as áreas de atuação. Faça um outro exercício mental: quais setores possuem a maior probabilidade de continuarem a existir pelos próximos cinco ou dez anos?Essa pergunta, num primeiro momento, parece absurda. Mas ela tem a ver com outra dura realidade: a advocacia como conhecemos está com seus dias contados. Repetir tese, copiar e colar, fazer audiência como correspondente, despachar pessoalmente... cada vez mais a tecnologia vai eliminar ou modificar completamente a forma como fazemos determinadas coisas.
Isso quer dizer que a advocacia vai acabar? Certamente não! Porém, o que ela for virar vai depender do quão Antifrágil você vai se tornar para, contra o choque, reinventar-se!
(Há) Braços!
Gostou? ♻ Que tal compartilhar este artigo na sua rede!
Se você quiser adquirir o livro "Antifrágil: Coisas que se beneficiam com o caos", recomendo fortemente que clique na imagem abaixo! 👇
Tem alguma crítica, dúvida ou sugestão? Fala comigo nos comentários, que é onde nós avançamos e construímos um debate mais profundo!
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Thiago Noronha Vieira | E-mail: thiagonoronha@acnlaw.com.br
Advogado. Sócio do Álvares Carvalho & Noronha – Advocacia Especializada (ACNLaw). Pós-Graduado em Direito Empresarial pela PUC/MG. Presidente da Comissão de Direito Privado e Empreendedorismo Jurídico da OAB/SE. Diretor Jurídico do Conselho de Jovens Empreendedores de Sergipe (CJE/SE).
Siga-me no instagram @thiago.nvieira ✅
Thiago Noronha Vieira
Advogado empresarial, trabalhista e cível.
Advogado, sócio do Álvares Carvalho & Noronha - Advocacia Especializada (@acnlawadvocacia) em Aracaju/SE. Pós-Graduado em Advocacia Empresarial pela PUC/MG. Presidente da Comissão de Direito Privado e Empreendedorismo Jurídico da OAB/SE. Atuante nas áreas do Direito Empresarial, Direito Condominial, Compliance, Direito de Startups, Direito do Trabalho, Direito do Consumidor e Direito Civil. Contato: thiagonoronha@acnlaw.com.br | (79) 99824-6050 | Instagram: @thiago.nvieira
Fonte: thiagonvieira.jusbrasil.com.br
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