"Ela viu uma conversa antiga com a minha ex que eu tinha feito um backup. Aí ela chegou no meio da audiência - ela sabia que estava ocorrendo a audiência - e me interrogou sobre o que era", destacou.
Em nota, a defesa de Caroline Rezende, que aparece nas imagens, repudiou a divulgação do vídeo e afirmou que a gravação foi utilizada para destruir a reputação da envolvida (leia a nota completa ao final do texto). E mulher está movendo um processo contra o advogado por violência doméstica e tem uma medida protetiva contra Alan.
O caso aconteceu no dia 27 de julho de 2025, em Goiânia. Alan afirmou que pediu para a companheira esperar, que conversaria com ela após o encerramento da audiência, mas ela não aceitou e insistiu, dando um tapa no rosto do advogado logo em seguida.
Alan contou que, após o ocorrido, a esposa dele deixou a casa por um momento, quando ele afirmou que pegou suas coisas e deixou a casa.
"Ela deu uma breve saída com a filha dela, e eu aproveitei esse momento, peguei minhas roupas, sai de casa e deixei ela em casa", afirmou Alan.
De acordo com Carolina ao g1, ela e Alan continuam casados e não há um processo de divórcio em andamento, embora eles não estejam mais juntos.
Alan afirmou que não denunciou a agressão à polícia.
Entenda o caso
De acordo com o Tribunal de Justiça de Goiás, Alan participava de uma audiência de custódia da 2ª Vara Cível e Família e sucessões de Formosa, no Entorno do Distrito Federal, quando o fato aconteceu.
No vídeo, Alan aparenta estar frustrado e cobre o rosto algumas vezes com a mão. Depois, uma mulher aparece nas imagens e mostra algo para ele antes de dar um tapa no rosto do advogado, que não reage à agressão, e a audiência continua.
Em nota, a OAB afirmou que não comenta processos envolvendo seus inscritos, estejam eles atuando na defesa ou como parte na ação. A Ordem também explicou que os participantes das audiências não podem interferir em seu andamento, assegurando o respeito às instituições do Estado Democrático de Direito.
Nota da defesa
"O Brasil precisa saber o que está acontecendo, Carolina Rezende Calil, uma mulher grávida de 24 semanas, está sendo cruelmente atacada, humilhada e exposta em rede nacional pelo próprio agressor, A.A.D., num ato de extrema covardia.
Sem qualquer relação com o processo, ele divulgou vídeos com o único objetivo de destruir a reputação de Carolina, provocar escárnio público e tentar minar, de forma calculada, sua força emocional, colocando em risco não só a sua saúde mental, mas também a vida da criança que carrega no ventre.
Isso não é defesa.
Isso não é justiça.
Isso é violência, moral, psicológica e processual, travestida de estratégia jurídica.
O ato foi premeditado, frio e desumano, um espetáculo de humilhação, planejado para repercutir em larga escala, aproveitando o alcance da mídia para transformar a dor de uma mulher em entretenimento.
A sociedade não pode assistir calada, não podemos normalizar que o sistema de Justiça seja usado como arma para revitimizar quem já sofreu.
Todas as medidas já estão em andamento para que cada pessoa envolvida nessa manobra suja, seja na autoria, na produção ou na divulgação responda por seus atos, inclusive criminalmente.
Carolina não está sozinha.
Nós estamos ao seu lado, e não vamos parar até que a Justiça dê a resposta que este abuso merece."
Nota da OAB-GO
"A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO) esclarece que a liturgia dos atos processuais deve ser observada por todos os participantes e por terceiros, que não podem interferir em seu andamento. Tal conduta assegura o respeito às instituições do Estado Democrático de Direito, incluindo o Poder Judiciário, o Ministério Público e a advocacia.
Nos casos em que haja eventual violação dessa liturgia, cabe ao presidente do ato processual analisar a situação e adotar as medidas cabíveis.
Por fim, a OAB-GO informa que não comenta processos envolvendo seus inscritos, estejam eles atuando na defesa de clientes ou figurando como partes.
OAB-GO"
Advogado leva tapa no rosto durante audiência
Por Vinicius Moraes, g1 Goiás
Fonte: @portalg1
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