Leituras de Ouro: 7 livros que todo estudante do curso de Direito deve ler

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bit.ly/leitura-ouro | A leitura é uma atividade que acompanha intensamente os alunos do curso de Direito. É por meio dela que os estudantes adquirem conhecimento e ampliam suas visões de mundo e seu senso crítico para atuarem futuramente na carreira escolhida. Confira abaixo alguns livros que todo estudante de Direito deve ler:

1. O Processo (Franz Kafka)

Conta a história de Joseph K., que processado mas não sabe a razão. A obra fala subjetivamente das falhas do sistema, da culpa, das injustiças e da burocracia.

Um dos principais romances de Franz Kafka, O processo foi publicado pela primeira vez em 1925, ano seguinte à morte do autor. A obra foi editada por Max Brod, que foi guardião dos manuscritos do escritor tcheco por intermédio de seu testamento.

Neste livro, Kafka lança o leitor mais uma vez em uma realidade absurda, na qual um bancário se vê envolvido em um processo judicial inexplicável. Em seu aniversário de 30 anos, Josef K. é surpreendido por dois guardas logo que acorda.

Após os homens tomarem o café que deveria ser dele, comunicam-no que está preso, embora não lhe deem motivo algum para isso. Sem saber quem o denunciou nem o motivo de sua prisão, ele luta contra autoridades que o ameaçam e o chantageiam, embora nunca apresentem o embasamento legal da investigação.

O processo, ao lado de A metamorfose, é uma demonstração inequívoca da potência literária de Franz Kafka. Um romance que não soa datado mesmo um século depois de sua publicação original.

2. Crime e Castigo (Dostoievski)

Livro essencial da literatura mundial, relata a história de Raskólnikov, jovem que comete um crime em São Petersburgo. Porém, ele cria uma teoria que pode ser a sua salvação.

Crime e castigo é um daqueles romances universais que, concebidos no decorrer do romântico século XIX, abriram caminhos ao trágico realismo literário dos tempos modernos. Contando nele a soturna história de um assassino em busca de redenção e ressurreição espiritual, Dostoiévski chegou a explorar, como nenhum outro escritor de sua época, as mais diversas facetas da psicologia humana sujeita a abalos e distorções e, desse modo, criou uma obra de imenso valor artístico, merecidamente cultuada em todas as partes do mundo. O fascinante efeito que produz a leitura de Crime e castigo ― angústia, revolta e compaixão renovadas a cada página com um desenlace aliviador ― poderia ser comparado à catarse dos monumentais dramas gregos.

3. 1984 (George Orwell)

Outro clássico da literatura. Uma das obras mais contundentes e influentes do século XX ganha nova e definitiva edição com projeto especial e ampla fortuna crítica. Romance incontornável, 1984 continua sendo o livro ao qual nos voltamos sempre que se mutila a verdade, distorce-se a linguagem e viola-se o poder. Nesta nova edição, a obra-prima de George Orwell ganha projeto gráfico especialíssimo ― com capa em tecido, corte impresso e uma série de obras da artista brasileira Regina Silveira. O leitor conta também com apresentação do crítico Marcelo Pen e textos de gigantes como Golo Mann, Irving Howe, Raymond Williams, Thomas Pynchon, Homi K. Bhabha, Martha C. Nussbaum, Bernard Crick e George Packer ― ensaios que dão conta da história da recepção crítica do livro desde o ano de seu lançamento, 1949, até hoje, setenta anos depois. Com dezenas de milhões de cópias vendidas em todo o mundo, o romance de Orwell tem como herói o angustiado Winston Smith, refém de um mundo feito de opressão absoluta. Em Oceânia, ter uma mente livre é considerado crime gravíssimo. Numa trama em que os “fatos alternativos” estão por toda parte e a mentira foi institucionalizada, Winston se rebela contra a sociedade totalitária na qual vive; em seu anseio por verdade e liberdade, ele arrisca a vida ao se envolver amorosamente com uma colega de trabalho, Júlia, e com uma organização revolucionária secreta. Normalmente lido como uma distopia, 1984 é também uma sátira, uma profecia, um grito de alerta, um thriller de espionagem, uma extraordinária ficção científica, um terror psicológico, um romance pós-moderno e uma história de amor.

4. O Sol é Para Todos (Harper Lee)

Vencedor do Prêmio Pulitzer em 1960, o livro se passa nos EUA dos anos 1930 e conta a história de um advogado que defende um homem negro acusado de estuprar uma mulher branca. Aborda o racismo, a injustiça e a postura ética e corajosa de um advogado.

Um dos maiores clássicos da literatura mundial. Nesta emocionante história ambientada no Sul dos Estados Unidos da década de 1930, região envenenada pela violência do preconceito racial, vemos um mundo de grande beleza e ferozes desigualdades através dos olhos de uma menina de inteligência viva e questionadora, enquanto seu pai, um advogado local, arrisca tudo para defender um homem negro injustamente acusado de cometer um terrível crime. Uma história sobre raça e classe, inocência e justiça, hipocrisia e heroísmo, tradição e transformação, O sol é para todos permanece tão importante hoje quanto foi em sua primeira edição, em 1960, durante os anos turbulentos da luta pelos direitos civis dos negros nos Estados Unidos. Considerado um dos romances norte-americanos mais importantes do século XX, O sol é para todos surpreende pela atualidade de seu enredo e estilo.

5. Crimes (Ferdinand von Schirach)

Von Schirach é advogado criminalista, e recria em "Crimes" muito dos casos que vivenciou em tribunais alemães. Destaque para a argumentação e persuasão do advogado. Um médico mata sua esposa com um machado, após quarenta anos de casados. Antes de chamar a polícia, ele a esquarteja. Um homem rouba um banco, e, por mais incrível que possa parecer, tem bons motivos para fazê-lo. Contrariando todas as probabilidades, é salvo pela justiça. São histórias inacreditáveis, porém verídicas, narradas com maestria pelo autor e advogado criminalista Ferdinand Von Schirach. Grande sucesso na Europa, com mais de 400.000 exemplares vendidos só na Alemanha. Tem tudo para agradar o público de Turow, Grisham, profissionais e estudantes da área jurídica. “Uma impressionante reunião de histórias.” - The New York Times Book Review “Schirach escreve com tanta autoridade, clareza e simplicidade que parece nunca ter feito outra coisa. É um novelista fantástico, pois acredita nas pessoas e nos seus desígnios. É cinema em formato literário.” - Der Spiegel

6. O Estrangeiro (Albert Camus)

A morte da mãe de Mersault, um homem comum que não se importa muito com o mundo ao seu redor, parece que também não o abala. No entanto, o homem comete um crime algum tempo depois, e suas convicções passam a ser testadas fortemente.

Mais conhecida e importante obra de ficção de Albert Camus. Este livro narra a história de um homem comum que se depara com o absurdo da condição humana depois que comete um crime quase inconscientemente. Meursault, que vivia sua liberdade de ir e vir sem ter consciência dela, subitamente perde-a envolvido pelas circunstâncias e acaba descobrindo uma liberdade maior e mais assustadora na própria capacidade de se autodeterminar. Uma reflexão sobre liberdade e condição humana que deixou marcas profundas no pensamento ocidental. Uma das mais belas narrativas deste século.Escrito em 1957, O estrangeiro é o mais pop(ular) dos livros do francês nascido na Argélia Albert Camus. Tão pop que rendeu até música do grupo de rock inglês The Cure (“Killing an Arab”). Tão popular porque, à parte ser a seca narrativa das desventuras de Mersault, é também a narrativa das desventuras do homem do século XX. Uma espécie de autobiografia de todo mundo. Seu drama pode ser lido como o drama de qualquer homem do século, o homem que se depara com o absurdo, ponto central do pensamento camusiano.Quando Mersault descobre que absurdo e liberdade são faces da mesma moeda e que uma implica na outra, afinal encontra a paz. É a história dessa compreensão, desse encontro, que Camus nos propõe. O estrangeiro se apresenta como uma espécie um tanto perversa de livro de autoajuda.

7. A Arte da Guerra (Sun Tzu)

O clássico literário usa o cenário de guerra para fornecer ao leitor importantes estratégias para lidar com difíceis situações cotidianas.

O que faz de um tratado militar, escrito por volta de 500 a.C., manter-se atual a ponto de ser publicado praticamente no mundo todo até os dias de hoje? Você verá que, em A arte da guerra, as estratégias transmitidas pelo general chinês Sun Tzu carregam um profundo conhecimento da natureza humana. Elas transcendem os limites dos campos de batalha e alcançam o contexto das pequenas ou grandes lutas cotidianas, sejam em ambientes competitivos – como os do mundo corporativo – sejam nos desafios internos, em que temos de encarar nossas próprias dificuldades. Se você não conhece a si mesmo nem o inimigo, sucumbirá a todas as batalhas.

Fonte: www.diariodoscampos.com.br

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