A fala de Lula, que ocorreu durante uma cerimônia de credenciamento do Instituto de Matemática Pura e Aplicada IMPA (@impa_oficial), destacou a importância de formar profissionais em áreas como matemática e engenharia. Neste contexto, Navarro discute os desafios e oportunidades que emergem de um cenário jurídico saturado. Confira:
“Um país desenvolvido precisa de mais engenheiros, médicos e cientistas da computação e menos advogados
O número de faculdades de Direito no Brasil equivale ao somatório de todas as faculdades de Direito de todos os países do mundo. O número de advogados per capita também é o maior do mundo.
Todavia, tem um detalhe. O número de processos no sistema de justiça brasileiro também é o maior do mundo. 81 milhões de processos.
A grande questão é, você é advogado e essa realidade você não pode mudar. O que você pode mudar é a sua realidade. Por exemplo, olhando estrategicamente para esses 81 milhões de processos.
Infelizmente, as faculdades brasileiras não ensinaram nada além do Direito puro para os nossos bacharéis. Não ensinaram, inclusive, a como olhar estrategicamente para esse número de litígios e criar uma carteira de processos lucrativa de teses vencedoras e repetitivas.
Então, ao invés de ficar reclamando do número de advogados que existem no Brasil, ou pior, imaginar que o mercado está saturado, pare de fazer o que todo mundo está fazendo e crie algo diferente.
👉Meu conselho: identifique teses vencedoras que tramitem rapidamente, sem dilação probatória, e cujos clientes possam, dentro das normas da OAB, serem captados pelo chamado marketing jurídico digital, matéria que, inclusive, deveria ser ensinada nas faculdades. Concorda comigo?”
Considerações finais
A conclusão do ex-juiz Erik Navarro, aproveitando a polêmica gerada pela declaração do presidente Lula sobre o número de advogados no Brasil, ressoa como um chamado à ação para os profissionais do Direito no Brasil. Ele destaca a necessidade de uma reformulação na abordagem da advocacia, incentivando uma visão mais empresarial e inovadora na gestão de carreiras jurídicas.
Este enfoque, segundo Navarro, não apenas beneficia individualmente os advogados, mas também pode contribuir para a eficiência e celeridade do sistema jurídico como um todo. A redução do número de processos, especialmente aqueles provenientes do setor público, é vista como um passo crucial para aliviar o sistema sobrecarregado e criar um ambiente jurídico mais dinâmico e sustentável no Brasil.
Diante desta perspectiva de inovação e eficiência, fica a questão: o que os advogados brasileiros pensam sobre estas ideias? Será que estão prontos para abraçar uma nova abordagem em sua prática profissional e responder aos desafios de um mercado jurídico saturado? As opiniões e reações dos advogados a estas sugestões podem definir o futuro da advocacia no Brasil.
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