A polícia acredita que o falso advogado tenha montado o esquema após ter feito trabalhos administrativos enquanto estava preso. Ao realizar as funções, ele teria notado fragilidades na libertação dos detentos. Arlésio, condenado a mais de 13 anos de cadeia, ficou atrás das grades de maio de 2017 e dezembro de 2019, quando conseguiu o benefício da prisão albergue domiciliar. Em setembro do ano passado, ele obteve livramento condicional.
Arlésio era defendido pela Defensoria Pública do estado do Rio ao menos até dezembro de 2019. Já em maio do ano passado, passou a ser representado pela advogada Débora Albernaz de Souza, também presa nesta terça-feira, suspeita de integrar a quadrilha que seria comandada por Arlésio. Além de Débora, também foi presa a advogada Angélica Coutinho Rodrigues Malaquias. A polícia vai investigar como Arlésio conhece as duas advogadas e se o grupo atuou para soltar outros presos cm alvarás falsos.
— É difícil dizer se outras pessoas saíram ou não — diz o secretário da Secretaria de Administração Penitenciária do Rio, Raphael Montenegro.
Os investigadores também vão apurar se Arlésio usava uma carteira falsa da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Distrito Federal. No processo de um dos presos liberados por alvará de soltura falso - João Victor Silva Roza -, Arlésio foi habilitado como advogado em 26 de julho do ano passado, junto com Debora Albernaz. Na procuração, Arlésio alegou ter um número de OAB do Distrito Federal que não existe.
Carolina Heringer e Rafael Nascimento de Souza
Fonte: extra.globo.com
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