Ex-marido que esfaqueou a juíza Viviane do Amaral fica em silêncio em audiência no Tribunal do Júri

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O engenheiro Paulo José Arronenzi, que esfaqueou a ex-mulher, a juíza Viviane Vieira do Amaral, ficou calado durante o seu interrogatório, na tarde desta quarta-feira (14), no 3º Tribunal do Júri do Rio.

O engenheiro matou a magistrada diante das suas três filhas, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, na véspera do Natal de 2020.

A audiência desta tarde durou cerca de três horas. O juiz Alexandre Abrahão concluiu a fase de instrução do processo após ouvir o depoimento de oito testemunhas.

A acusação e a defesa terão agora prazos de cinco dias para a apresentação de suas alegações finais. Depois disso, o juiz irá decidir se o engenheiro deve ser levado ou não a júri popular.

O crime aconteceu quando a juíza levou as crianças para passarem o Natal com o pai. Arronenzi foi preso em flagrante por guardas municipais.

Na denúncia do Ministério Público, o engenheiro foi denunciado por homicídio quintuplamente qualificado.

"Inconformismo do acusado com o término do relacionamento, especialmente pelas consequências financeiras do fim do casamento na vida do engenheiro."

De acordo com o MP, as qualificadoras podem levar ao aumento da pena em caso de condenação são:

  • Feminicídio - ou seja, a vítima foi morta por ser mulher;
  • Três menores - O crime foi praticado na presença de três crianças;
  • Motivo torpe - O assassinato foi cometido por motivo torpe, já que o acusado a matou por não se conformar com o fim do relacionamento;
  • Sem defesa - O crime foi cometido por um meio que dificultou a defesa da vítima, atacada de surpresa quando descia do carro enquanto levava filhas ao encontro do ex-marido;
  • Crueldade - O meio cruel utilizado, uma vez que as múltiplas facadas no corpo e no rosto causaram intenso sofrimento à vítima.

Por Marco Antônio Martins, G1 Rio
Fonte: g1.globo.com

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