OAB-DF vai julgar processo disciplinar contra advogado que tem 61 ocorrências na Polícia Civil

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Via @portalg1 | A seccional da Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal (OAB/DF) vai julgar, no dia 15 de agosto, um processo disciplinar contra Ricardo Firmino Alves Júnior, de 38 anos. Apenas na Polícia Civil, constam 61 ocorrências contra o advogado, entre elas, agressões contra mulheres.

Um dos processos que a OAB-DF vai julgar é uma agressão cometida pelo advogado contra uma ex-colega de faculdade (veja detalhes abaixo). O caso ocorreu em maio do ano passado e resultou em uma condenação contra o homem.

O outro caso avaliado pela Ordem é um desacato contra um promotor. Em maio deste ano, Ricardo apareceu sem camisa em uma audiência online. O advogado também é acusado de violência por três ex-companheiras (veja detalhes abaixo).

Em nota, Ricardo disse que foi absolvido de todos os processos criminais, incluindo os de violência doméstica. Ele disse ainda que as acusações de assédio não procedem e que também foi absolvido no processo administrativo.

O advogado afirmou ainda que está recorrendo do caso relacionado à ex-colega de faculdade. Sobre aparecer sem camisa em uma audiência, ele disse que o carro dele havia quebrado e que ele estava empurrando o veículo naquele momento.

Inicialmente, o advogado pode ficar impedido de exercer a advocacia preventivamente por 90 dias. No entanto, a OAB informou que, se ficar entendido que Ricardo desrespeitou o estatuto da Ordem, ele pode ficar impedido exercer a profissão por tempo indeterminado.

Agressões

De acordo com a denúncia, ele e a ex-colega tinham ido para um bar. Na volta, ela dirigiu o carro do advogado, já que ele tinha bebido.

'No caminho, como nunca havia dirigido uma BMW, cometeu alguns erros de direção e o acusado começou a se irritar, até que passou a chamá-la de burra, que ela jamais conseguiria ter um carro daquele e que ela era 'muito jumenta'", aponta o processo.

Em seguida, ele teria agredido a mulher com socos, segundo a denúncia. O exame de corpo de delito apontou lesões no ombro, no cotovelo e na orelha.

Ainda segundo o processo, "a vítima afirmou que o réu a deixou ali no chão, pegou o carro e foi tranquilamente para a casa dele. Comentou que ficou com medo, porque sabe que o acusado possui arma de fogo".

Registros de ocorrência

Ricardo já foi preso durante uma abordagem policial, em 2018. Segundo a ocorrência, ele cometeu desacato em Taguatinga.

Além disso, o advogado já foi denunciado por três ex-companheiras por violência doméstica. Uma delas relatou que levou um soco no rosto e que Ricardo ainda puxou o cabelo da filha.

Outra ex-companheira disse que ele violou uma medida protetiva e foi até o estacionamento do trabalho dela. A vítima disse que sofreu ameaças. "Desista da ocorrência. Não meça forças comigo na Justiça", teria dito ele.

Ricardo também foi denunciado por clientes. Uma procurou a polícia para dizer que ele ficou o dinheiro que ela tinha recebido de uma indenização.

Outra cliente relatou que tinha contratado o advogado e recebido uma mensagem de assédio no Whatsapp: "Oi! Saudade demais. Doido para fazer amor com você", dizia o texto, segundo a denúncia.

Por TV Globo e g1 DF
Fonte: @portalg1

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