Thayrane comunicou a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), na última terça-feira (12/1), sobre mensagens que seriam de cunho racista enviadas por Isabela em um grupo de WhatsApp chamado Liga da Justiça, que teria mais de 200 advogados.
Na conversa ocorrida na noite de segunda-feira (11/1), Isabela enviou emoji de bananas após a colega mandar uma figurinha. Depois de Thayrane dizer não ter entendido, Isabela escreveu: “Reserva de pensamento. Pensei alto, sorry (desculpa, em inglês)”. Logo em seguida, Thayrane enviou informações sobre o delito de injúria racial. Isabela, então, respondeu: “Banana é a fruta que mais gosto, mas ela representa pessoas sem personalidade. Acho fácil de entender”.
Thayrane acredita que tratou-se de uma atitude racista. “Emoji de banana é em referência a macaco. Diversos advogados ficaram indignados e saíram do grupo por causa disso”, disse à coluna Grande Angular.
“Fiz o boletim de ocorrência, e estou tomando providências cabíveis. Já passei várias vezes por situações parecidas, mas era algo velado, de pessoas que não têm conhecimento sobre o que é crime ou não – o racismo estrutural em si. Nunca foi tão explícito comigo”, declarou.
A PCDF informou que a ocorrência, registrada pela delegacia eletrônica, foi encaminhada à Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa ou por Orientação Sexual ou Contra a Pessoa Idoso ou com Deficiência (Decrin), que iniciará o processo de apuração.
O Código Penal estabelece que a injúria racial ocorre quando alguém ofende a dignidade do outro com base em elementos referentes à sua raça, cor, etnia, religião, idade ou deficiência.
O que diz Isabela
À coluna, Isabela negou que tenha sido racista. Segundo ela, o emoji de banana foi utilizado com outra finalidade: “Fui procurar uma figura que simbolizasse uma pessoa discípula, mole, que se deixa levar pelas outras e, quando vi a banana, achei que representaria isso”.Disse, ainda, que a denúncia contra ela é fruto de perseguição política devido à ações que faz “em desfavor” da atual gestão da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Isabela afirmou que a advogada e conselheira federal da OAB Daniela Teixeira, dona do escritório onde Thayrane trabalha, a escalou para “que fosse aos embates comigo a fim de me desqualificar”.
“Daniela e o grupo que participa da gestão me veem como adversária política devido a diversas ações que fiz e sabem que farei em desfavor da gestão, como, por exemplo, a ação do quinto constitucional e meu auxílio político para os funcionários da OAB-DF, indevidamente demitidos”, pontuou.
A advogada acrescentou que viu Thayrane “umas três vezes em minha vida” e nunca se atentou quanto à cor da pele dela. “Quando debato com qualquer pessoa não reparo na cor de sua pele, pois, para mim, a cor da pele não tem qualquer importância. Não houve cunho racista. Ressalto que minha filha também é bem morena e o pai de minha filha também é bem moreno”, destacou.
Confira, na íntegra da matéria, a nota de Isabela
A coluna não conseguiu contato com Daniela, citada por Isabela. O espaço permanece aberto para eventuais manifestações.
Isadora Teixeira
Fonte: www.metropoles.com
Infelizmente em um ambiente onde só há pessoas intelectuais,vimos que a cor da pele faz toda diferença. Doutora,moreno não é negro,Demonstra claramente como algumas pessoa sabe exatamente como rotular as outras. Torço pela apuração do caso.
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