A prisão aconteceu no dia 30 de outubro de 2020. À época, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) abordou o casal que transportava cerca de 900 garrafas com cera automotiva em uma picape.
Como os dois só tinham a nota fiscal eletrônica da mercadoria, os agentes desconfiaram e fizeram um teste no produto com um reagente.
Um boletim de ocorrência feito no dia da prisão mostrou que o reagente apontou de forma preliminar que o produto se tratava de cocaína.
O casal ficou preso na Cadeia Pública de Campo Mourão. Os dois foram soltos no dia 7 de janeiro após a realização de um teste laboratório que comprovou que a mercadoria não era cocaína.
A advogada do casal, Viviane Schon, disse que vai entrar uma ação por danos materiais e morais. A defesa afirmou que os dois são de Francisco Beltrão, na região sudoeste, e trabalham com vendas de cera líquida automotiva.
"Todos os pedidos cabíveis para tentar a liberdade do casal nós fizemos. Veja o tamanho do abalo psicológico que eles sofreram. Além disso, o veículo deles continua apreendido", disse.
O que diz a PRF
A PRF informou que testes do tipo são feitos pela polícia de todo o mundo e que, quando o resultado é positivo, os indivíduos são apresentados à Polícia Civil ou Federal, que investigará o caso.Ainda segundo a PRF, a manutenção da prisão do casal se deu por decisão da Justiça. Leia a nota na íntegra abaixo.
"A PRF informa que testes químicos realizados em substâncias suspeitas de conter drogas ilícitas são amplamente utilizados por polícias em todo o mundo, inclusive pela Polícia Rodoviária Federal, para identificar, de forma preliminar, possíveis indícios de conduta criminosa em fiscalizações de campo.
Nos casos em que o teste apresenta resultado positivo para substância ilícita, a PRF apresenta os indivíduos e substâncias suspeitas à autoridade policial (delegado de Polícia Civil ou Polícia Federal), que procede à investigação do fato. A identificação definitiva da substância é realizada pela perícia, no transcorrer da investigação.
Por fim, frisamos que a manutenção de indivíduos suspeitos presos é uma decisão do Judiciário, analisando as informações apresentadas pela polícia judiciária e Ministério Público."
Por Gesli Franco, RPC Maringá
Fonte: g1.globo.com
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