O caso começou no final de abril, após uma mulher ter denunciado ao Ministério Público de Santa Fé que o pedreiro que trabalhava em uma construção próxima entrou em sua casa e abusou sexualmente dela. Durante o discurso, que gerou polêmica nas redes sociais e em movimentos feministas no país, o juiz rejeitou as provas do Ministério Público, que incluíam um relatório de peritos indicando que a mulher sofreu lesões compatíveis com abuso sexual e que temia pela sua integridade física. “Várias coisas podem ter acontecido. Pode ser que tenha começado como algo consensual (ou) que começou desde o início tentando forçá-la… O que não posso é relacionar e entrar na lógica de colocar o preservativo para esta relação quando ele está forçando a vítima. A verdade é que não o consigo entender”, disse o juiz.
Este vídeo foi divulgado no mesmo dia em que o movimento de ativistas feministas “Ni una menos” completou seis anos de luta contra a violência doméstica, a causa de 1.733 femicídios na Argentina desde 2015, de acordo com dados contabilizados por organizações sociais. A vereadora de Santa Fe, Laura Mondino, da Frente Progressiva Cívico-Social, apresentou nesta quinta-feira um projeto de repúdio ao juiz Mingarini na Câmara Municipal. “Em um dia tão sentido para o movimento feminista, hoje, sem marchas nas ruas, mas com a força de um grito que se repete dia após dia, associamo-nos à reivindicação da Mesa Ni Una Menos Santa Fe e sublinhamos o dever dos funcionários judiciais de garantir a nossa segurança e proteger os nossos direitos”, disse Mondino.
*Com informações da EFE
Por Jovem Pan
Fonte: jovempan.com.br
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