OAB denuncia à ONU agressão de PMs a advogado em Goiânia

oab denuncia onu agressao pms advogado
Via @portalg1 | A Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Goiás (OAB-GO) denunciou a agressão de PMs a um advogado de Goiânia à Organização das Nações Unidas (ONU). Em reunião, os representantes da entidade goiana relataram que houve violação aos direitos humanos e pedem ao órgão internacional que monitore e investigue o caso, além de cobrar um posicionamento do governo brasileiro. Um vídeo mostra toda violência.

A reunião entre os representantes da OAB e da Relatoria Especial ONU sobre a Independência de Juízes e Advogados aconteceu na sexta-feira (20), de forma online. Durante o encontro, foi relatado que o advogado Orcélio Ferreira Silvério Júnior, de 32 anos, foi agredido, algemado e arrastado pelo chão por policiais militares após interferir em uma abordagem a um cuidador de carros, em Goiânia.

Segundo o boletim de ocorrências, o autônomo estaria ameaçando clientes a pagar pelo estacionamento. Ao tentar intervir na abordagem, Orcélio é agredido. Um vídeo mostra que, mesmo algemado e deitado no chão, o advogado leva socos e tapas dos militares. Um deles chega a prender o pescoço do agredido entre as pernas.

Na época, um policial militar foi afastado das ruas. O G1 entrou em contato por e-mail com a Polícia Militar às 7h30 desta segunda-feira (23) para saber se há algum posicionamento sobre a denúncia à ONU e aguarda retorno.

Violência

O advogado foi agredido pelos policiais no dia 21 de julho. Ele levou os socos na frente do pai. Orcélio Ferreira Silvério disse que o filho chegou a desmaiar por três vezes.

"Estou me sentindo um homem morto, porque um pai que vê um filho ser espancado e não poder fazer nada. Um homem de 62 anos que toma remédio controlado. Eu fiz três pontes de safena há três anos. É muito revoltante", lamentou Silvério.

Momento em que advogado fica com pescoço preso entre as pernas de PM — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Agressão em delegacia

O advogado denuncia que foi agredido novamente pelos policiais. Desta vez, dentro da Central de Flagrantes da Polícia Civil, para onde foi levado após a abordagem em frente ao camelódromo. Segundo Orcélio, um agente foi conivente.

Uma apuração foi instaurada na Corregedoria da Polícia Civil. Foram pedidas imagens de câmeras de segurança e serão analisados os exames de corpo de delito para verificar se, de fato, houve a segunda agressão.

Por Vitor Santana, G1 GO
Fonte: g1.globo.com

0/Comentários

Agradecemos pelo seu comentário!

Anterior Próxima