O crime aconteceu em março, em Pedra de Guaratiba, também na Zona Oeste. Segundo a polícia, Isabella disse que estava descontente com algumas atitudes de Lilson Braga, de 66 anos. Uma das motivações seria financeira.
Além de confessar o assassinato, Isabella contou ainda que fez várias buscas na internet para aprender a manusear e atirar com o revólver. Ela contou que usou a arma que Lilson guardava em casa.
Entre as buscas que Isabela fez estão os termos “tiro na posição sentada”, “tiro no peito mata” e “treinando tiro”.
Saques com o cartão do patrão
Investigações da Polícia Civil indicam que, após o crime, Isabella se passou pelo patrão em mensagens de telefone e fez saques com o cartão da vítima.
Pelas mensagens, a polícia acredita que ela pode inclusive ter contribuído para a morte da mãe do patrão, uma idosa de 91 anos, que teve a cuidadora dispensada e morreu seis dias depois do filho.
Foram quase três meses de investigação até que a polícia chegasse à autora do crime. A apuração indica que ela premeditou o crime.
Lilson, que foi assassinado com um tiro no peito e sua mãe, Lia — Foto: Reprodução
Lilson foi atingido por um tiro no peito enquanto dormia no quarto. O corpo dele foi encontrado pelo filho, no dia 9 de maio — mais de 40 dias depois do crime —, dentro da cisterna da casa onde ele morava, em Pedra de Guaratiba.
A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) investiga o caso. Os policiais acreditam que Isabella não agiu sozinha.
“A vítima tinha moedas estrangeiras, dólares, euros e dinheiro na conta bancária. Nós acreditamos que ela não agiu sozinha em função do peso da vítima. Ela teve ajuda de alguém pra que houvesse o transporte do corpo até a cisterna onde ela foi ocultada”, disse o delegado Alexandre Herdy.
Isabella da Silva Oliveira confessou ter matado o patrão — Foto: Reprodução
Dispensa de cuidadora da idosa
Depois da morte, Isabella também começou a usar o telefone de Lilson e a se passar por ele: recusou as ligações da filha dele, que mora na Espanha, e só falava com ela através de mensagens de texto. Ela também dispensou a cuidadora da mãe de Lilson, que morava na mesma casa.
“Tá f* pra mim ficar gastando esse dinheiro todo. Vou começar eu mesmo a cuidar da minha mãe. Não quero te deixar na mão, fica tranquila. Mas vou te pagar esse mês e depois eu mesmo vou dar meu jeito", escreveu Isabella no telefone de Lilson, segundo a polícia.
Lia Santos Renzo tinha 91 anos e morreu seis dias depois do filho.
"Ela permanece sozinha, sem assistência devida em termos de alimentação ou cuidados médicos e falece. Então, acreditamos que essa morte decorreu sim de uma falta da falta de cuidado provocada por uma açao anterior da Isabella”, disse o delegado.
Isabella foi levada nesta segunda-feira (3) para o presídio de Benfica, onde vai passar por audiência de custódia. Ela está presa temporariamente e pode responder pelos dois homicídios.
Por Lívia Torres, RJ2
Fonte: g1.globo.com
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