Advogada acusa delegado de agr3ssã0 e violação de prerrogativas em Sergipe

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Via @portalg1 | Uma advogada criminalista denunciou um delegado da Polícia Civil de Sergipe por agressão, após uma busca e apreensão sem mandado contra um cliente dela. O caso foi divulgado nesta quinta-feira (7) pela Ordem dos Advogados do Brasil em Sergipe (OAB-SE). Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o caso está sendo investigado pela Corregedoria-Geral.

De acordo com a Ordem, as agressões ocorreram em novembro do ano passado, quando a advogada e o cliente foram até a 6ª Delegacia Metropolitana, no Conjunto Eduardo Gomes, em São Cristóvão, para pedir uma cópia da documentação. No local, o delegado Joel dos Santos Ferreira teria tentando falar em particular com o cliente e a advogada impediu.

Nesse momento, o delegado a teria segurado pelos braços e empurrado em direção à parede. Ele ainda teria ameaçado o acusado e expulsado a advogada da delegacia. A ação foi gravada e apresentada à polícia. Em depoimento à Corregedoria, o delegado negou as agressões.

O g1 conversou com a advogada, que preferiu não ser identificada e nem informar os detalhes das agressões, mas chamou a atenção para a importância de mulheres denunciarem casos como estes.

"As violências institucionais continuam existindo. Noticiei o caso para que outras mulheres se inspirem e denunciem", disse.

A criminalista ainda lembrou um caso de estupro que está sendo investigada pela polícia de um advogado contra outra advogada.

A OAB protocolou notícia-crime e representou o caso na Corregedoria de Polícia Civil, no controle externo da atividade policial (MPE) e na Secretaria de Segurança Pública (SSP).

Ainda segundo a OAB, até o momento não houve conclusão do inquérito policial, mesmo o boletim de ocorrência tendo sido registrado no mesmo dia do ocorrido. Um ato em favor da advogada será realizado nesta sexta-feira (8), Dia Internacional da Mulher, na delegacia em que o caso ocorreu.

O que diz a SSP?

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública informou que o caso está em fase final de conclusão na Corregedoria-Geral da Polícia Civil.

Segundo a pasta, no dia 1º de novembro foi expedido para a advogada uma requisição de exame pericial para comprovação da lesão corporal, mas o exame não foi realizado pela vítima. Informou ainda que a corregedoria ouviu a advogada, o cliente, o delegado, e as testemunhas apresentadas por ambas as partes. Em depoimento, o delegado negou as agressões.

As gravações feitas pela advogada e o cliente foram encaminhados para perícia no Instituto de Criminalística. Os laudos ainda não foram recebidos.

"Cópias de tudo que foi feito até o momento foram entregues ao defensor da advogada. Atualmente, a última pendência para que o procedimento seja concluído e remetido à Justiça é a análise do laudo do Instituto de Criminalística", finaliza a nota.

Por Jéssica França
Fonte: @portalg1

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