O caso envolve o desaparecimento de Lilian de Oliveira após uma viagem à Colômbia. Segundo as autoridades, inicialmente, a hipótese era de que seu corpo teria sido incinerado em uma caldeira. Contudo, o laudo da Seção de Antropologia Forense e Odontologia Legal do IML (RG 14711/2020) contradiz essa versão, afirmando: “Não foi encontrado nenhum vestígio que indique que a vítima possa ter sido carbonizada no local (dentro ou fora da caldeira). Ao contrário, os elementos constatados e inferidos por meio do experimento realizado indicam que a caldeira não foi utilizada para este fim.”
Thiago Siffermann, especialista em Direito Penal e atuando como defensor do acusado, destaca a importância dos novos achados para a defesa:
“Desde o início, a defesa sustenta que as acusações são infundadas e que a perícia inicial foi um desastre. Além disso, há outros pontos que merecem atenção, como a suspeita de tortura em relação aos acusados e as diversas linhas de investigação que não foram exploradas pela polícia. Segundo os autos, Lilian de Oliveira possuía diversos chips de celulares de outros países, incluindo Chipre e Bolívia, indicando inúmeras relações com outras pessoas. Isso acentua a possibilidade de que ela poderia ter desafetos responsáveis por seu desaparecimento.
Todavia, o delegado jamais intimou ou ouviu quaisquer desses possíveis suspeitos, incluindo o ex-marido norueguês e o namorado colombiano, que estava com ela um dia antes de seu desaparecimento e também desapareceu logo após. Essa falta de investigação adequada é um ponto crucial que a defesa vem destacando desde o início.”
Detalhes do Caso
Em 2016, um breve relacionamento resultou em uma gravidez não planejada, o que trouxe à tona questões familiares complexas. O acusado admitiu ser o pai da criança e mantinha contato financeiro regular com Lilian. Porém, após retornar de uma viagem à Colômbia, Lilian desapareceu, e a primeira versão apresentada pela polícia envolvia a utilização de uma caldeira para incinerar seu corpo.
O laudo do IML afirmou:
“Não foi encontrado nenhum vestígio que indicasse a presença da vítima ou de restos mortais humanos no interior da caldeira. Tendo em vista a inviabilidade de a vítima ter sido carbonizada 'até virar pó' constatada nos exames e indicada pela literatura, além do fato de que, de acordo com a documentação apresentada, a vítima não apresentar nenhum material metálico relacionado a procedimentos odontológicos, não foram realizadas buscas no depósito de cinzas.”
Além disso, durante o vídeo em que o renomado repórter Roberto Cabrini (@roberto_cabrini_jornalista) entrevista o acusado e familiares, é possível perceber a angústia de todos diante das acusações que consideram infundadas. “É uma angústia muito grande saber que ele vai ser julgado. Uma pessoa inocente pode estar sendo condenada por algo que ele não fez”, desabafa um familiar.
Considerações Finais
A luta pela verdade no caso da suposta carbonização de Lilian de Oliveira continua a desafiar a defesa e a justiça. O advogado Thiago Siffermann segue firme em sua missão de demonstrar a inocência de seu cliente, enfrentando as falhas das perícias iniciais e buscando justiça.
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