Na ocasião, Boechat voltava de uma palestra promovida pela farmacêutica em Campinas. O helicóptero caiu sobre um caminhão em trecho do Rodoanel que dá acesso à rodovia Anhanguera.
A decisão, porém, reduz o valor estipulado em primeira instância. Em março de 2023, o juiz Dimitrios Zarvos Varellis, da 11ª Vara Cível, havia optado por uma indenização de R$ 1,2 milhão, sendo repartida entre os filhos Paula Boechat e Rafael Boechat.
A Libbs argumentou que não tinha responsabilidade no acidente porque o táxi-aéreo havia sido contratado por outra empresa, responsável por organizar a palestra.
No entanto, o colegiado da 38ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo entendeu que cabia à farmacêutica a segurança do contratado inclusive no trajeto de ida e volta do evento em Campinas.
"O modo pelo qual o transporte foi efetivado, se diretamente pela apelada ou por meio de outra empresa por ela contratada para a realização desse serviço, não altera o fato indiscutível de que esta, efetivamente, assumiu expressamente a obrigação perante o jornalista de efetuar o seu transporte, para que realizasse a palestra", escreveu o desembargador Spencer Almeida Ferreira.
Além dele, a turma julgadora reuniu os desembargadores Fernando Sastre Redondo e Flávio Cunha da Silva.
Em nota nesta sexta, a Libbs disse que não comenta processos em andamento, mas que respeita as ordens judiciais e continuará.
A reportagem não localizou os advogados da família Boechat até a publicação deste texto.
Imagem - Ricardo Boechat, jornalista, morreu em fevereiro de 2019 após queda de helicóptero - Eduardo Knapp/Folhapress
Por Carlos Petrocilo
Fonte: @folhadespaulo
Postar um comentário
Agradecemos pelo seu comentário!