A redesignação foi negada pela juíza do Trabalho substituta Paula Araujo Oliveira Levy, da vara do Trabalho de Indaiatuba/SP, por falta de previsão legal.
Ao Migalhas, Leonardo lamentou o que classificou como falta de humanidade:
"A Justiça precisa ser firme, sim, mas também precisa lembrar que do outro lado estão seres humanos. Não somos máquinas. Uma decisão mais empática era não só possível, como necessária."
Assista à entrevista:
O advogado reforçou que esperava da Justiça não apenas a aplicação fria da norma, mas a sensibilidade necessária diante da tragédia que atingiu o escritório.
Pedido humanitário
Com o enterro da jovem marcado para a segunda-feira, 19, e a audiência marcada para o dia seguinte, o advogado peticionou ainda no domingo solicitando a suspensão do ato processual, justificando que ninguém da equipe estava em condições emocionais para comparecer. No pedido, foi informado que o próprio reclamante - parte mais interessada no andamento célere do processo - concordava com a suspensão.
Apesar do apelo fundamentado e da concordância da parte contrária durante a audiência, a magistrada negou o pedido alegando ausência de previsão legal e sugeriu que fosse feito substabelecimento para outro advogado.
"A juíza sugeriu que o cliente escolhesse outro advogado para representá-lo. Mas ele não escolheu outro, ele me escolheu. Por isso estive lá", afirmou Leonardo ao Migalhas.
A tragédia
Kyra estava no banco do passageiro de um carro que colidiu com um ônibus em Suzano/SP. A colisão, ocorrida na madrugada do domingo, vitimou também Thalita Marques, que estava no banco de trás. O sepultamento de Kyra aconteceu na segunda-feira, 19 - mesmo dia em que a juíza indeferiu o pedido de redesignação da audiência.
- Processo: 0014520-46.2024.5.15.0077
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