A acusação é baseada na delação premiada do perito Charles Fonseca William. Ele afirma que, entre 2007 e 2019, o julgador e o assessor o nomeavam para fazer perícias em troca de 10% dos honorários de cada serviço.
"Sempre que o denunciado João Luiz Amorim assinava um alvará de pagamento em favor de Charles, imediatamente fazia contato com o perito para avisá-lo da liberação do pagamento e agendar um encontro para a entrega dos valores correspondentes", diz o MP na denúncia.
Além disso, o delator alega que, em 2012 e 2014, o juiz recebeu, de um advogado e de um empresário vinculados às Indústrias Velrome Ishibrás, propina de R$ 330 mil e R$ 1,3 milhão para proferir duas sentenças favoráveis a eles.
A investigação começou na Corregedoria-Geral de Justiça do Rio, que remeteu o processo ao MP.
Outro lado
A defesa de João Luiz Amorim Franco disse ao G1 que a acusação é “fruto de descabida e ilegal perseguição da corregedoria, já tendo o Conselho Nacional de Justiça instaurado procedimento disciplinar contra o corregedor [Bernardo Garcez], e do mentiroso e também ilegal acordo de colaboração que deverá ser anulado pela justiça, tendo em vista suas muitas falsidades”.O presidente do Conselho Nacional de Justiça, ministro Luiz Fux, no exercício do cargo de corregedor nacional de Justiça, determinou a instauração de reclamação disciplinar para apurar acusações de que o corregedor-geral de Justiça do Rio, Bernardo Garcez, está perseguindo o juiz Luiz Alberto Carvalho Alves, titular da 3ª Vara Empresarial do Rio, e o advogado e administrador judicial Frederico Costa Ribeiro.
Por indícios de "um agir parcial e de ânimo persecutório em desfavor de determinados magistrados", o conselheiro do CNJ Henrique Ávila concedeu liminares para suspender procedimentos abertos por Garcez contra o juiz e o administrador judicial.
Fonte: Conjur
Postar um comentário
Agradecemos pelo seu comentário!