Caso Tatiane Spitzner: defesa abandona julgamento e juiz encerra sessão

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bit.ly/3p8fhhR | O júri popular de Luis Felipe Manvailer foi cancelado após a defesa do réu abandonar a sessão nesta quarta-feira (10). O juiz vai definir uma nova data para o julgamento do homem acusado de matar a mulher, Tatiane Spitzner.

Uma multa de seis salários mínimos foi aplicada aos advogados do réu. Para o juiz a ação foi “uma afronta ao processo, ao réu e à Justiça”. O conselho de sentença acabou dissolvido e o julgamento foi adiado, sendo os novos membros do júri popular a serem sorteados.

A sessão teve início às 9h20 no Fórum de Guarapuava, região central do Paraná, mas por volta de 12h30, o julgamento foi interrompido quando a defesa se retirou durante depoimento da primeira testemunha de acusação. Segunda a defesa, o motivo teria sido a não autorização de um vídeo da portaria do prédio onde o crime ocorreu como prova. 

O advogado da família de Tatiane Spitzner, Gustavo Scandelari, descreveu o abandono da sessão como "uma manobra da defesa" e lamentou a postura dos advogados.

Luis Felipe Manvailer responderá à acusação de homicídio qualificado e fraude processual. A segunda acusação se deve ao fato de Manvailer ter removido o corpo de Tatiane da calçada e levado de volta ao apartamento, após a queda do quarto andar. Respectivamente, as penas para os crimes são de 12 a 30 anos e de seis meses a quatro anos de prisão.

O julgamento é adiado, agora, pela terceira vez. Anteriormente marcado para 3 e 4 de dezembro, o julgamento foi adiado para 25 de janeiro, após um dos advogados de defesa do réu testar positivo para a Covid-19.

O crime

Em julho de 2018, o país assistia horrorizado a cenas gravadas por câmeras de segurança que mostravam Tatiane, de 29 anos, sendo espancada e encurralada pelo marido no elevador e na garagem do prédio em que moravam, em Guarapuava, Paraná. Na sequência do que se via nas filmagens, ela, segundo o Ministério Público, foi estrangulada e jogada da sacada por Luis Felipe. O casal morava no quarto andar.

Horas depois, ao se envolver em um acidente na BR-277, a 340 quilômetros de Guarapuava, Luis Felipe foi preso preventivamente. Virou réu em um processo por homicídio, tendo o feminicídio como agravante - o que aumenta a pena. Durante uma audiência de custódia, o acusado negou que tenha matado a mulher e disse que a advogada teria cometido suicídio. O laudo do exame de necropsia do Instituto Médico Legal (IML) confirmou que a morte de Tatiane foi por asfixia mecânica, causada por esganadura e com sinais de crueldade.

REDAÇÃO MARIE CLAIRE
DO HOME OFFICE
Fonte: revistamarieclaire.globo.com

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