O magistrado chamou Cícero de “analfabeto”, rasgou a multa e ainda tentou dar uma carteirada para se livrar da punição, telefonando ao secretário de segurança pública do município. Em recurso apresentado ao Tribunal de Justiça de São Paulo, o guarda afirmou que o valor de R$ 20 mil não é compatível com a extensão do dano sofrido, lembrando ter sido chamado de “guardinha” e sofrido ameaça de ser preso “por estar trabalhando”. Ele pede uma indenização de R$ 114 mil.
“Cícero foi xingado, maltratado, humilhado, desrespeitado e vexado publicamente, perante pedestres, seu companheiro de viatura e toda a sociedade”, disse à Justiça o advogado Jefferson Douglas de Oliveira, que o representa. “O desembargador, pessoa instruída, deveria dar exemplo de educação, ética, decoro e comprometimento com a vida do próximo, mas preferiu utilizar-se do cargo que ocupa para desrespeitar as normas de segurança.” O magistrado também recorreu da decisão ao TJ, pedindo que a condenação seja revista. Siqueira afirmou que a “altercação” ocorreu em decorrência de sua indignação com o decreto municipal que tornou obrigatório o uso de máscara nas ruas da cidade durante a Pandemia.
Rogério Gentile, UOL
Fonte: UOL
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