Advogado preso com drogas em presídio é suspenso pela OAB de SC

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O caso do advogado que tentou entrar com drogas no Presídio Regional de Joinville, no Norte de Santa Catarina no último domingo (25), e foi preso teve mais um capítulo. A OAB/SC suspendeu cautelarmente José Carlos Cabral após pedido das subseções de Joinville e São Bento do Sul (onde ele é registrado).

A suspensão se deu devido à gravidade da situação aliada às reiteradas condutas criminosas de José, que já foi condenado por mais de 30 crimes e possui, ainda, investigações, inquéritos e ações penais em curso. Enquanto o procedimento disciplinar é instaurado, ele está impedido de exercer a advocacia e, além disso, teve a prisão em flagrante convertida em preventiva e está detido em uma cela especial da unidade prisional.

O presidente da da OAB/SC, Rafael Horn destacou que a OAB exige ética dos profissionais e não há tolerância à esse tipo de conduta. “Atuamos fortemente para garantir as prerrogativas aos colegas. Entretanto, exigimos que a ética profissional seja cumprida, pois a advocacia deve ser exemplo para a sociedade. A OAB catarinense corta na carne sempre que necessário. Nossa instituição não tolera a falta de ética na advocacia”, salienta.

Conhecido em São Bento do Sul por ser “hacker” o advogado foi condenado, em 2008, a 11 anos de prisão, acusado de liderar uma quadrilha que cometia crimes virtuais. Além dele, na ocasião, outras 10 pessoas também foram condenadas. Segundo as investigações, o grupo desviou aproximadamente R$ 6 milhões de contas bancárias de todo o país.

José conseguia as senhas das contas bancárias e transferia valores para contas de laranjas. A partir daí, simulava compras pela internet – em muitos casos, de carros – para lavar o dinheiro.

Após a condenação, ele continuou atuando. Atualmente, ele é investigado pela DIC (Divisão de Investigação Criminal) de São Bento do Sul, suspeito de participação em organizações criminosas.

De acordo com o delegado Gil Rafael Ribas, ele ameaçou “pagar para matar policiais” e a partir disso, começou a ser investigado. “Notamos que ele visitava demais o presídio de Mafra e para falar com outros apenados além de seus clientes”, fala. A suspeita é de envolvimento com uma organização criminosa catarinense que atua no sistema prisional.

Além da tentativa de entrar com drogas no presídio, um boletim de ocorrência também já havia sido feito, em janeiro, após ele entrar com drogas na Penitenciária Industrial.

A Defensoria Pública assumiu a defesa do advogado, que continua preso. A reportagem tentou entrar em contato com a defensoria, mas até o momento, não obteve retorno.

Fonte: ndmais.com.br

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