Segundo relatos feitos à CNN Brasil, neste final de semana, senadores independentes e governistas fizeram chegar ao Palácio do Planalto a avaliação de que o nome do presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Humberto Martins, teria apoio suficiente para destravar a marcação da sabatina na CCJ e ser aprovado pelo Senado Federal, com o voto inclusive de senadores da oposição.
De acordo com auxiliares palacianos, no entanto, Bolsonaro sinalizou que não pretende desistir da indicação de André Mendonça, mesmo diante de um impasse para a sabatina na CCJ.
Na última sexta-feira (20), após Bolsonaro ter apresentado pedido de impeachment contra o ministro do STF Alexandre de Moraes, Alcolumbre criticou a decisão de Bolsonaro e disse que não há clima para realizar a sabatina neste momento. Como presidente da CCJ, cabe ao senador indicar um relator e marcar uma data para a sessão.
Martins, que é alagoano e adventista, chegou a ser considerado, no início do ano, pelo presidente para a vaga. Ele conta com a simpatia do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), aliado do Palácio do Planalto, e também com parlamentares do MDB, partido com a maior bancada no Senado Federal.
A proximidade de Martins com o relator da CPI da Pandemia, senador Renan Calheiros (MDB-AL), no entanto, levou Bolsonaro a descartar o nome. Calheiros é visto hoje como um adversário do Palácio do Planalto e um provável aliado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na campanha presidencial de 2022.
No início do processo, de acordo com assessores governistas, Martins chegou a contar com a simpatia do senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), mas o presidente preferiu indicar Mendonça, apelidado por Bolsonaro de “terrivelmente evangélico”.
Gustavo Uribe
Fonte: www.cnnbrasil.com.br
Postar um comentário
Agradecemos pelo seu comentário!