Ex-prefeito é condenado por ordenar, de dentro de presídio, o ass4ssin4to de advogado em SC

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Via @portalg1 | O ex-prefeito de Xaxim Cézar Gastão Fonini foi condenado no tribunal de júri a 30 anos de prisão em regime fechado por ser o mandante do assassinato do advogado Joacir Montagna, de 54 anos. O caso aconteceu em agosto de 2018 em Guaraciaba, também no Oeste catarinense. De acordo com a sentença, Fonini estava preso por outro crime e ordenou a morte da vítima de dentro da prisão.

*Homem suspeito de execução entrou de capacete em escritório de Guaraciaba — Foto acima: Polícia Civil/ Divulgação

O julgamento durou quatro dias e a sentença saiu nesta quinta-feira (9). O advogado Luiz Geraldo dos Santos, que faz a defesa de Fonini, afirmou que “Não houve justiça no caso concreto e haverá recurso interposto”. Ele esclareceu que a defesa deve questionar detalhes de ordem técnica relacionados à condenação e à aplicação da pena do réu.

Pena

O tribunal do júri ocorreu em São Miguel do Oeste, na mesma região. Fonini foi condenado por homicídio qualificado por motive torpe, motivo fútil e uso que dificultou a defesa da vítima.

De acordo com o Poder Judiciário, a soma das condenações do réu é de 49 anos e 6 meses de prisão. Porém, como a pena máxima permitida por lei para esse tipo de crime é de 30 anos, esse será o tempo que o acusado cumprirá.

Além da prisão, o réu também precisará pagar R$ 500 mil de indenização por danos morais à esposa e ao filho adolescente da vítima.

Atualmente, Fonini está preso preventivamente e o Poder Judiciário não autorizou que ele recorra em liberdade.

A esposa do réu, que é ex-vereadora de Xaxim, e outro homem, que eram acusados no mesmo processo, foram absolvidos pelo tribunal do júri.

Na decisão, o magistrado considerou seis outras condenações anteriores do mandante desse crime. O juiz Márcio Luiz Cristofoli, que fez a leitura da sentença, destacou que Fonini estava preso por outro delito quando ordenou o assassinato.

"Ou seja, ele articulou, planejou e tomou todos os cuidados em contratar e dar as ordens. Enquanto deveria estar preocupado em cumprir sua pena, em razão de condenação proferida [...] ele se ocupou em praticar mais um crime, de dentro da prisão, evidentemente revelando uma culpabilidade acima da média”, disse o juiz.

Denúncia

Segundo a Polícia Civil, o assassinato foi motivado pela atuação profissional da vítima, que representava a parte contrária em um processo envolvendo os dois réus e familiares.

Em 3 de julho de 2019, cinco homens foram condenados à prisão por serem os executores do crime.

De acordo com a denúncia do MPSC, em 13 de agosto de 2018 dois homens saíram de carro de Chapecó para Guaraciaba, uma distância de cerca de 140 quilômetros. Um terceiro foi de moto. A placa do veículo era clonada e o número do motor, adulterado.

Perto do trevo de Guaraciaba, o executor embarcou na moto e, ele e o piloto, foram até o escritório da vítima. Sem tirar o capacete, ele anunciou um assalto e pediu aos funcionários que o levassem até o advogado.

Os funcionários deitaram no chão e o executor atirou na cabeça do advogado, que morreu no local. Em seguida, os criminosos fugiram de moto. O veículo foi abandonado no interior de Guaraciaba. Depois, voltaram de carro para Chapecó.

Por Joana Caldas, g1 SC
Fonte: g1.globo.com

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