Quando ele estava diante dos jurados para ser avaliado, uma imagem editada mostrou suas orelhas de abano ainda maiores.
A ironia com a condição física produziu constrangimento no rapaz. Na imprensa, foi chamado de “o menino das orelhas”. Ele não passou na seletiva e desapareceu após o episódio vexatório no canal de TV SIC, parceiro da Globo.
Sua história voltou a gerar manchetes recentemente com os preparativos para o julgamento de uma ação de indenização.
Uma avó do candidato – órfão de pai e abandonado pela mãe – entrou na Justiça exigindo ao neto uma indenização de 100 mil euros, equivalente a R$ 530 mil.
Após se submeter a uma transição de gênero, Daniel hoje é Alexa. Ela tem evitado aparecer diante das câmeras para não sofrer outro tipo de preconceito, a transfobia.
Em alguns ‘talent shows’ no Brasil, assistimos a situações semelhantes: jurados debocharam de características físicas e comportamentais de candidatos à fama. Atitude desprezível em nome do entretenimento e da audiência.
Esse desrespeito agora pode ser tipificado como crime. O presidente Lula sancionou a Lei 14.811 que protege a criança e o adolescente contra a violência do bullying e do cyberbullying. Em caso de condenação, o réu pode pegar até 4 anos de prisão.
O SUS (Sistema Único de Saúde) realiza gratuitamente a cirurgia de Otoplastia, ou seja, correção das orelhas. O paciente precisa ser examinado por um médico e receber a indicação escrita para o procedimento.
A montagem desrespeitosa produzida para supostamente divertir os telespectadores
Foto: Reprodução
Jeff Benício
Fonte: @terrabrasil
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