Operação mira m4tad0res de aluguel suspeitos da ex3cuçã0 de advogado em 2024; 2 são pr3s0s em flagrante

operacao mira m4tad0res aluguel suspeitos ex3cuca0 advogado 2024 2 pr3s0s flagrante
Via @portalg1 | A Polícia Civil do RJ e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) iniciaram nesta quarta-feira (2) uma operação contra suspeitos de envolvimento na execução do advogado Rodrigo Marinho Crespo, assassinado em 26 de fevereiro de 2024, no Centro do Rio de Janeiro. Dois homens foram presos em flagrante.

Agentes da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), promotores do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) e a Corregedoria da Polícia Militar saíram para cumprir 19 mandados de busca e apreensão contra 7 homens, entre eles 3 PMs, identificados como matadores de aluguel.

O grupo, segundo as investigações, foi chefiado pelo ex-policial militar Rafael do Nascimento Dutra, o Sem Alma (atualmente foragido e com 5 mandados de prisão preventiva em aberto), e estaria a serviço da contravenção — sobretudo à máfia do cigarro.

Posteriormente, de acordo com a DH, o posto de Sem Alma foi assumido pelo PM Leandro Machado, preso em 2024 por participação no crime (leia mais abaixo).

Quem são os alvos

1. Arthur Cássio Siqueira Leite, o Vidigal ou Máscara

  • Função: Suspeito de atuar diretamente nas execuções.

  • Atuação: Apontado como um dos envolvidos em ações armadas do grupo. Participava de conversas sobre possíveis alvos e se dizia pronto para agir. Também estaria envolvido em outros assassinatos sob encomenda.

  • Relação com o caso Crespo: Há fortes indícios de que participou diretamente da execução do advogado.

2. Fernando de Souza Júnior, o Shurek (policial militar), preso em flagrante por porte ilegal de arma

  • Função: Suspeito de participação nas execuções.

  • Atuação: Membro do grupo responsável por homicídios ligados a disputas criminosas. Atuava ao lado de outros suspeitos, em ações armadas e organizadas.

  • Relação com o caso Crespo: É apontado como um dos possíveis executores.

  • Com ele, agentes apreenderam R$ 42 mil em espécie.

3. Rafael Ferreira da Silva, o Cachoeira

  • Função: Suspeito de envolvimento direto no crime.

  • Atuação: Já havia sido preso anteriormente com outro integrante do grupo e aparece em conversas trocando informações sobre a vítima.

  • Relação com o caso Crespo: Está entre os nomes citados como possíveis autores dos disparos.

4. Renato Franco Lopes, o Pitbull (policial militar), preso em flagrante por porte ilegal de arma

  • Função: Suspeito de participação direta na execução.

  • Atuação: Mantinha contatos constantes com outros membros do grupo e demonstrava estar preparado para ações violentas.

  • Relação com o caso Crespo: Também aparece entre os nomes considerados como participantes diretos do assassinato.

5. Sérgio Guimarães da Cunha, o Pará

  • Função: Suspeito de atuar no apoio à execução.

  • Atuação: Tinha ligação com outros envolvidos e aparece em conversas com o responsável pela vigilância da vítima.

  • Relação com o caso Crespo: É apontado como alguém que deu suporte logístico à ação criminosa.

6. Uanderson Costa de Souza, o PQD

  • Função: Suspeito de ter participado da execução.

  • Atuação: Com passagem anterior pela polícia, esteve preso por sequestro junto com outro integrante do grupo. É apontado como figura frequente em ações violentas do grupo.

  • Relação com o caso Crespo: Indícios apontam que teve participação direta na morte do advogado.

7. Wanderson Ribeiro Marques de Lemos, o Anúbis ou Chacal (policial militar)

  • Função: Suspeito de ser um dos executores.

  • Atuação: Tinha relação estreita com outros suspeitos e falava sobre estar pronto para cometer assassinatos. Participou de outras ações semelhantes.

  • Relação com o caso Crespo: Também é investigado como um dos possíveis autores dos disparos.

As investigações até aqui

Três homens já estão presos, são réus e irão a júri popular:

  • Leandro Machado da Silva: policial militar que, segundo as investigações, providenciou os carros usados no crime.

  • Cezar Daniel Mondego de Souza: apontado como responsável por monitorar a vítima. Tinha cargo comissionado com salário de até R$ 6 mil na Assembleia Legislativa do RJ (Alerj).

  • Eduardo Sobreira Moraes: É apontado pela polícia como o responsável por seguir os passos de Rodrigo, dirigindo o carro para Cezar enquanto acompanhavam a movimentação da vítima antes do assassinato.

As investigações também identificaram a atuação de Ryan Patrick Barboza de Oliveira, o Motinha, que usava uma motocicleta para seguir os deslocamentos do advogado.

Motinha já está preso por participação em outro homicídio, ocorrido em 9 de junho de 2024, em Vila Isabel, que vitimou o comerciante Antônio Gaspazianne Mesquita, em meio a disputas ligadas à exploração de máquinas caça-níqueis.

O crime

O advogado de 42 anos foi morto a tiros em frente ao prédio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), no dia 26 de fevereiro de 2024, quando saía do escritório onde trabalhava.

Crespo tinha descido do escritório para fazer um lanche por volta das 17h, quando um carro branco se aproximou e parou em fila dupla. Um homem de touca saltou do banco de trás, deu 3 longos passos e chamou o advogado pelo nome. À queima-roupa, fez os primeiros disparos.

Mesmo caído, o advogado foi baleado mais vezes, antes de o assassino voltar para o veículo, que estava de porta aberta, e fugir. Toda a ação durou 14 segundos.

No início deste ano, o juiz Cariel Bezerra Patriota determinou que Leandro Machado da Silva, Cezar Daniel Mondêgo de Souza e Eduardo Sobreira de Moraes fossem submetidos ao Tribunal do Júri por homicídio por motivo torpe, mediante emboscada e que dificultou a defesa da vítima. O julgamento ainda será marcado.

Operação mira matadores de aluguel suspeitos da execução de advogado em 2024

Operação mira matadores de aluguel suspeitos de envolvimento na execução de advogado

Por Adriana Rezende, Henrique Coelho, Leslie Leitão, Bom Dia Rio
Fonte: @portalg1

0/Comentários

Agradecemos pelo seu comentário!

Anterior Próxima