O g1 tenta a defesa do magistrado.
As investigações começaram após o assassinato do advogado Roberto Zampieri, que foi morto a tiros em frente ao próprio escritório em Cuiabá, em 2023. A análise das mensagens e arquivos encontrados no celular da vítima revelou indícios de crimes graves, como a venda de sentenças judiciais e movimentações financeiras suspeitas, dando origem à operação da Polícia Federal.
As investigações identificaram um esquema de corrupção envolvendo lavagem de dinheiro, criado para disfarçar pagamentos milionários de propinas em troca de decisões judiciais favoráveis, dadas por um magistrado do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
Por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), estão sendo cumpridos três mandados de busca e apreensão em Mato Grosso e o magistrado foi afastado do cargo, teve seus bens e valores bloqueados, totalizando cerca de R$ 30 milhões.
O passaporte dele também foi recolhido como parte das ações da operação.
Entenda o caso
Roberto Zampieri foi morto com 10 tiros dentro do próprio carro em frente ao escritório. Uma câmera de segurança registrou o momento do crime. Nas imagens, é possível ver que ele foi surpreendido por um homem de boné, que disparou pelo vidro do passageiro, e fugiu em seguida.
As equipes de socorro médico foram até o local, mas a vítima não resistiu aos ferimentos. O suspeito chegou a ficar cerca de uma hora aguardando a vítima sair do local.
Saiba quem são os suspeitos
Infográfico - Investigação revelou grupo de extermínio e esquema de vendas de sentença. — Foto: Arte/g1
Confira abaixo os nomes dos envolvidos na morte do advogado, de acordo com a Polícia Civil:
- Aníbal Manoel Laurindo (mandante);
- Coronel Luiz Caçadini (financiador);
- Antônio Gomes da Silva (atirador);
- Hedilerson Barbosa (intermediador, auxiliar do atirador e dono da pistola 9mm usada no assassinato);
- Gilberto Louzada da Silva (ainda não se sabe a função dele no grupo)
Segundo a Polícia Civil, eles deverão responder por homicídio duplamente qualificado pela traição, por emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido.
Ainda de acordo com a polícia, outro agravante do crime foi o fato de ter sido praticado mediante pagamento ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe.
Da direita para à esquerda: Aníbal Manoel Laurindo, Coronel Luiz Caçadini, Antônio Gomes da Silva e Hedilerson Barbosa — Foto: Reprodução
Fonte: @portalg1
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