Via @diariodonordeste | O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) disse que sabe que será preso se voltar ao Brasil, e que deve ficar nos Estados Unidos até que Alexandre de Moraes não seja mais ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) — o que não tem indicação de acontecer, apesar de ser desejo dos aliados do bolsonarismo. O filho de Jair Bolsonaro é alvo de uma investigação da Polícia Federal (PF) por atuar nos EUA para sancionar autoridades públicas brasileiras. 

"Se eu retornar, sei que vou ser preso. Primeiramente, tenho que tirar o Alexandre de Moraes dessa equação, anular ele, isolá-lo. A gente tem que aprovar uma anistia para que alcance todos os perseguidos por Moraes", disse o parlamentar em entrevista à coluna de Bela Megale, do O Globo. 

Possibilidade de viver em 'exílio' 

Segundo Eduardo, os planos são "ou eu tenho 100% de vitória, ou 100% de derrota. Ou saio vitorioso e volto a ter uma atividade política no Brasil, ou vou viver aqui décadas em exílio. É o que eu estou assumindo, estou aceitando esse risco, porque eu acho que vale a pena".

O filho do ex-presidente disse não temer ser alvo da Interpol, assim como ocorreu com Carla Zambelli: "Acredito que o Alexandre de Moraes tem cada vez menos espaço para que uma ordem da Interpol, uma difusão verde ou vermelha, um mandado de prisão preventiva contra mim, seja respeitado". 

Contas bloqueadas no Brasil 

Eduardo Bolsonaro teve diversos bens bloqueados após determinação de Moraes, em decisão sigilosa proferida no dia 19 de julho. 

Conforme a CNN Brasil, dentre os bens bloqueados, estão: imóveis, contas bancárias e Pix. Além disso, o salário que Eduardo recebe da Câmara dos Deputados ficará retido na conta. O deputado não poderá fazer qualquer movimentação financeira, seja receber ou enviar dinheiro. 

Essa medida cautelar integra uma estratégia investigativa conhecia como "asfixia financeira", em que busca interromper a continuidade da prática criminosa por meio do bloqueio de bens e valores. 

Foto: lev radin
Fonte: @diariodonordeste