Homem condenado à prisão perpétua por um crime que não cometeu é solto após 21 anos

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bit.ly/31fRKjD | Após 21 anos preso por um homicídio que não cometeu, um americano condenado, em 1998, à prisão perpétua na Pensilvânia, nos Estados Unidos, foi solto nesta quarta-feira. Um homem que era considerado testemunha no caso admitiu ser o responsável pelo assassinato de segundo grau ocorrido em outubro de 1996. A confissão foi feita há mais de dez anos, mas o processo para libertar John Miller, de 44 anos, foi longo. Depois de ter 10 recursos negados, sua inocência foi comprovada após promotores admitirem, finalmente, que não havia provas suficientes contra ele.

O escritório de advogacia que representou John, Pepper Hamilton LLP, comemorou a decisão em suas redes sociais, mostrando fotos registradas nesta quarta-feira, logo após a saída dele da prisão no distrito de Frackville.


O escritório de advogacia Pepper Hamilton LLP e a organização Innocence Project trabalharam juntos no caso Foto: Twitter (@Pepper_Law) / Reprodução

"Estou muito feliz e animado que depois de 21 anos eu finalmente estou sendo ouvido e que a minha inocência foi comprovada", disse ele em um comunicado enviado por seu advogado à emissora "CNN". "Eu estou indo para casa para minha família".

A vítima do caso em questão é Anthony Mullen, que foi morto a tiros durante uma tentativa de assalto em frente à principal estação de trem na Filadélfia, a maior cidade do estado.

Já o culpado, segundo a "CNN", foi identificado como David Williams, que havia sido testemunha da ocorrência, apontando John como o assaltante. Ele confessou o crime de 1996 à polícia em troca de ganhar benefícios em outra investigação que estava envolvido.

John Miller (à direita), logo após ser solto, em comemoração com sua família e seus advogados Foto: Twitter (@Pepper_Law) / Reprodução

De acordo com a Procuradoria da Filadélfia, David confessou o assassinato de Anthony há mais de dez anos. Ele até mesmo escreveu uma carta para a mãe de John em 2002 admitindo a culpa pelo crime de 1996.

"Eu não posso viver com isso na minha consciência. Seu filho não tinha conhecimento deste crime. Ele nem estava lá. Eu menti sobre ele", tinha escrito David.

O Innocence Project na Pensilvânia atuou no caso de John em parceria com o escritório de advogacia Pepper Hamilton. Os representantes desta organização no Brasil também conquistaram uma vitória semelhante nesta semana. Um borracheiro ficou cinco anos numa prisão no Ceará por estupro de vulnerável, mesmo com evidências de que ele não era o culpado pelo crime. Antônio Cláudio foi solto nesta terça-feira e foi recebido com muita alegria por sua família.

Fonte: extra.globo.com

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