Conheça 5 objetos curiosos que são usados dentro da prisão - Por Diorgeres Victorio

5 objetos curiosos dentro prisao direito
bit.ly/36c2e6B | Este artigo surgiu em virtude dos diversos comentários que venho observando durante esses mais de três anos em que escrevo para o Canal Ciências Criminais.

Desde a graduação, quando resolvi – em virtude da ausência de fontes sobre estudos do sistema prisional, mais precisamente sobre a Criminologia Penitenciária – falar sobre o cárcere – quando de minhas conferências e diálogos na academia –, me causava muito espanto quando me perguntavam como os presos conseguiam celulares, como eles conseguiam facas para se protegerem e matarem desafetos, como construíam túneis e etc.

Nisso, verifiquei que o mesmo ocorre com muitos leitores dos meus artigos. Vejo que há pessoas que ficam revoltadas com mortes de presos questionando como deixamos essas mortes ocorrerem.

Mas, na maioria das vezes, não há como apenas um agente penitenciário desarmado interferir em uma briga de presos e adentrar em um ambiente de mais de 200 presos, onde as quadrilhas daqueles que se digladiam para a massa carcerária se divertir. Morte na cadeia é muitas vezes diversão, em razão do ócio – já ouvi isso de presos por mais repugnante que isso possa nos parecer.

Há também pessoas que dizem que minhas experiências vividas no cárcere são mentiras e que na verdade só existiu em meu imaginário doentio, outras não conseguem entender o estudo e perguntam: “cadê o estudo”? Para provocar mais polêmica, vou escrever aqui sobre uns objetos que encontrei no cárcere durante as revistas nas celas e etc.

1. MÁQUINA DE TATUAGEM

Esse artigo me faz recordar do artigo sobre tatuagem que escrevi também no Canal, que viralizou na Internet (blogs, sites, etc). Os comentários demonstraram que há pessoas muito preocupadas com algum problema que suas tatuagens podem ocasionar caso venham a passar em algum concurso público.

Quanto a essa máquina de tatuagem, verificamos que é tudo muito precária. Vemos elástico, fio, motorzinho (via de regra tirado de rádios ou colocado ilegalmente dentro da cadeia) e o tubo da caneta. Só não vale, caros leitores, perguntar como que esses objetos adentram a unidade.

Se entra até arma de fogo, por que esses objetos não “deveriam” entrar, não é mesmo?

2. TIA (TEREZA)

Escada improvisada para ser utilizada em fugas. É feita com pedaços de pano, linhas de todo tipo, cabos de vassouras e rodos cortados. Para que os presos não desviassem esses cabos, eu tinha por hábito contar quantos rodos e vassouras eram fornecidos aos “faxinas” do Raio e só fornecia outros caso eles apresentassem no mínimos os cabos velhos.

3. HALTERES

Como é autorizado aos visitantes trazer água e refrigerantes no dia da visitação, as garrafas “pets” são guardadas por muitos presos no intuito de ser adaptadas em seus pesos para a prática de musculação durante o banho de Sol. Vê-se, sem sombra de dúvidas, que desviaram cabos de vassouras ou rodos para poder confeccionar o objeto, assim como também foram utilizadas linhas para confecção.

4. MICRO-ONDAS DE CADEIA

Quantas vezes, ao transitar pelo Raio e adentrar nas celas, os presos não me disseram que eu estava chegando na hora certa – na hora do café – e o bolo já estava quase saindo?

5. ALAMBIQUE

Quantos alambiques dentro das unidades não encontrei? Diversos tipos de “Maria Louca” (pinga da cadeia feita com arroz e etc) dos mais diversos tipos não havia na cadeia.

Lamento, mas os outros objetos eu mostrarei no próximo artigo. Espero que os leitores não fiquem muito relutantes com a realidade da vida do cárcere.

Por Diorgeres Victorio - Agente Penitenciário. Porta-voz da LEAP.
Fonte: Canal Ciências Criminais

1/Comentários

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  1. They do not consider prisoners to be part of society, so always treat and train prisoners in the future so that they will become useful people in the future. In prison is only a form of temporary isolation from society, if he had good jigsaw puzzle re-education and released from prison, if he has good skills, it is still used normally, few people re-examine their past days.

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