Em contrapartida, o promotor Alexandre Carrinho Muniz, que atua no Tribunal de Júri em Palhoça, na Grande Florianópolis, divulgou no dia 19 de dezembro uma carta de final de ano "aos familiares de vítimas que tiveram seus nomes referidos no Tribunal do Júri de Palhoça" em uma clara resposta ao texto lançado por Buch. Muniz, inclusive, se utiliza da mesma linha de escrita, mas com foco voltado às vítimas.
Na mensagem do juiz ao detentos, ele diz: "Como juiz da execução penal, sou taxado de defensor de bandido, sou olhado de canto de olho, sou hostilizado por parte da sociedade, cegas em seus traumas, ódios e medos". Mais à frente, o magistrado escreve que espera ver a carta chegando nas mãos de todos os detentos, "em cada pavilhão, em cada galeria, cada cela e que ao ser lida lhes traga algum alento. Por fim, conclui: "um dia a liberdade virá. Quando esse dia chegar eu desejo que vocês consigam retomar a vida em harmonia".
Já o promotor foca na visão dos familiares das vítimas. Ele escreve: "quando adentro o Tribunal do Júri, eu vejo as marcas do desespero, do conflito, da dor rabiscadas na alma da família e dos amigos, estampadas nas suas faces". Ao seguir a linha da carta de Buch, mas com o viés oposto, Muniz diz ser "taxado de punitivista, encarceirador em massa e hostilizado por uma pequena mas barulhenta parcela de juristas e pretensos juristas". A conclusão da carta de promotor é semelhante a de Buch. Veja abaixo as duas mensagens.
Carta do juiz João Marcos Buch:
Carta do promotor Alexandre Carrinho Muniz aos familiares de vítimas:
Por Ânderson Silva
Fonte: www.nsctotal.com.br
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