Hélio Beltrão apresenta alternativa ao Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)

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bit.ly/2tXz6Sv | Em entrevista exclusiva para o site Justiça Em Foco, o presidente do Instituto Mises Brasil apresentou uma alternativa ao Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), obrigatório para os estudantes do curso de Direito. Hélio Coutinho Beltrão (foto) é filho do ex-ministro Helio Beltrão, um dos responsáveis pela criação do conceito legal de micro e pequena empresa, o que gerou o Simples Nacional.

Ao avaliar a prova da OAB, Helio Beltrão foi taxativo ao dizer que os estudantes já passam por outras avaliações acadêmicas nas instituições de ensino superior. “O estudante foi avaliado na sua faculdade e se tornou bacharel em Direito passando nas provas e obtendo a certificação na universidade. O que temos hoje é um debate entre dois polos extremos, que eu suspeito existir uma alternativa mediana”, pondera.

Um dos mais atuantes no cotidiano na luta pela desburocratização do Estado Brasileiro, Helio Beltrão possui especialização em Finanças pela Universidade de Columbia, em Nova Iorque. Ao explicar os extremos, o especialista esclarece os respectivos pontos de defesas de ambos os lados.

“De um lado você tem a turma que concorda com o Exame da OAB, dizendo que o advogado precisa de uma qualificação, por ele ter um impacto social grande. Por isso, o profissional não pode ser um advogado mal preparado para a sua área de especialização, o que mostra a importância do exame”, avalia.

“Do outro lado você tem pessoas reclamando que é obrigatório o pagamento de uma taxa cara para a prova. E no final, você tem uma avaliação que, na prática, não consegue atingir o que se propõem, que é validar os conhecimentos que o indivíduo tem para exercer a profissão em todas as suas vertentes. Apenas uma prova que vale para todas as áreas do Direito”, comenta Helio Beltrão sobre os contrários à prova da OAB.

Alternativa


Para Beltrão, a solução ideal para os extremos que divergem sobre a aplicação do Exame da OAB, é fazer com que a prova deixe de se tornar obrigatória. Ao explicar sua opinião, o especialista acredita que se tornando o Exame facultativo a tendência entre os escritórios de advocacia é de dar a preferência para quem optar por fazer o exame da OAB.

“Provavelmente os escritórios de advocacia e outras empresas que contratam advogados darão valor para quem passa no exame da OAB, na medida em que o exame é bom. Aquela pessoa que não fez o exame é possível que seja punida no mercado, mas pode exercer sua profissão e você permite que outros exames e outros tipos de certificações surjam no mercado”, ressalta.

Ainda de acordo com o especialista, um dos resultados da não obrigatoriedade do exame é uma maior qualificação por parte dos escritórios de advocacia especializados. “Os escritórios de advocacia, por especialidade em determinado Estado, podem aplicar sua prova, seu exame. E assim, vão passar a contratar somente quem passar nesse exame”, destaca Helio Beltrão.

Fonte: www.justicaemfoco.com.br

10/Comentários

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  1. O ideal é extinguir essa prova que nada mais é do que avaliar novamente tudo o que o aluno já fez na faculdade. Ou seja, não acrescenta ao conhecimento que ele teve e não vai fazer diferença na atuação profissional dele. É só para arrecadar dinheiro.

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    1. Se o exame avalia tudo que o aluno já viu na faculdade, por que tantos canditados (mais de 70%) reprovam? O exame de Ordem é vital para advocacia de excelência.

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    2. Se avalia o que os ditos estudantes já sabem, pq tantos fazem preparatório e reprovam? O exame serve pra testar, serve como uma peneira que retira os que não sabem, por mim devia era ser mais rigoroso, limitar a quantidade de vezes que o dito estudante devia fazer.

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    3. Já deveriam ter acabado com este exame que não avalia nada. Só cria reserva de mercado. Conheço um monte de advogados que são totalmente incompetentes. Dexe que o próprio mercado selecione os profissionais competentes, não um mero exame.

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    4. típico comentário de quem não passou kkkkkkk

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  2. É uma alternativa boa, mas como não dependo de escritórios de advocacia para trabalhar pois sou formado em outras áreas bem ligados ao Poder Judiciário posso perfeitamente trabalhar e não depender destes escritórios que em alguns casos são porcarias. Tenho um processo trabalhista que há anos mesmo com o conhecimento das partes envolvidas o escritório que está com o processo jamais conseguiu acionar judicialmente os representantes da empresa. Eu mesmo descobri o advogado da empresa e hoje estou negociando diretamente com o advogado desta empresa os valores que são do meu direito.

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  3. Por essa lógica, deixaríamos tudo sob controle da "mão invisível do mercado". Sabemos que isso não funciona pela facilidade de concentração de poder na mão de poucos e, principalmente, pelo baixo poder aquisitivo do brasileiro, que vai preferir pagar mixaria pelo serviço "meia boca" do bacharel que passou empurrado na Faculdade.

    Na primeira fase, se a pessoa nao sabe nem METADE das questoes objetivas, nao está levando o Direito a sério.

    Na segunda fase, se a pessoa nao sabe fazer uma peça processual e responder questões abertas, talvez cause problemas a clientes.

    Se o problema for taxa do exame, que concordo ser alta, a OAB poderia cobrar valor módico, sabendo que cada aprovado é um novo inscrito pagador da taxa anual. Perde um pouco para ganhar depois e garantir a qualidade dos seus representados.

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  4. A alternativa é boa, embora essa prova não prova o principal que é a índole e a honestidade do advogado, conhecimentos já são adquiridos nas faculdades.

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  5. Nos EUA são 5 tipos de exames de instituições diferentes, aqui a OAB que não é do governo federal ( e deveria), possui o monopólio desse sindicato esquerdista, que não pode ser investigado por nada, nem passa por auditoria, tem super poderes. É bizarro que no Brasil ainda se permita esse tipo de situação, monopólio é coisa de países socialistas/comunistas subdesenvolvidos sem perspectiva de futuro. Sou a favor da proposta. Muito boa.

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    1. Monopólio do direito de postular. Tem que acabar com esta baixaria. O profissionalismo tem que ser livre! quem avalia é o mercado de trabalho e ponto final. rssssss

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