Falso registro profissional: estudante de direito que atuava como advogado é preso

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bit.ly/371Cjhp | Um homem foi preso na tarde desta terça-feira (4) em Campinas por atuar como advogado, mesmo sem ter o registro da categoria. Segundo a Polícia Civil, Max William de Andrade Gomes, de 28 anos, se apresentava como advogado, participando inclusive de flagrantes em delegacias, audiências e trabalhava fazendo acordos para clientes.

A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), que define as regras para o exercício profissional da advocacia, recebeu denúncias da atuação de Max, e apurou a atuação do estudante de direito como advogado, mesmo sem ser formado e sem permissão do órgão.

Segundo o presidente da OAB Campinas Daniel Blikstein, o estudante cursa o sétimo período da faculdade de direito, e apresentava como número de registro profissional um cadastro de quando era estagiário.

"Ele se apresentava como advogado apesar de não ser. Exercia a advocacia, orientava clientes e prejudicou o interesse de muitas pessoas. Uma pessoa que não é habilitada não pode exercer o direito para ninguém", disse o presidente da Ordem em Campinas.

A denúncia contra Max surgiu da advogada Daniela Cristina da Silva, que foi procurada pelo estudante, que se passava por advogado e fez uma proposta de um acordo trabalhista para um cliente. Daniela diz que suspeitou de Max e consultou o registro da Ordem, que não constava cadastro no nome do suposto advogado.

Daniela fez a denuncia à OAB e marcou uma reunião com Max nesta terça-feira. O órgão foi ao local e constatou a irregularidade do registro do jovem. A Polícia Civil foi chamada ao local. "Me sinto aliviada de ver uma pessoa respondendo por algo que não deveria fazer, nossa profissão é muito mal vista, justamente por pessoas que denigrem nossa imagem", disse a advogada.

De acordo com o apurado pela OAB, os clientes atendidos por Max tinham os acordos assinados por uma advogada, que poderá ser indiciada e ser punida com uma infração por falta de ética ao permitir o exercício profissional de alguém inabilitado.

Segundo o presidente da OAB, os clientes de Max poderão contestar o trabalho feito pelo falso advogado.

Max foi detido e encaminhado para o 4º Distrito Policial, no Taquaral, de Campinas. O estudante vai responder pelo exercício ilegal da função, e pode ter negada a futura inscrição na Ordem dos Advogados.

Defesa

O advogado de defesa do falso advogado, Ícaro Batista, diz que o estudante se apresentava como estagiário e não como advogado. Segundo Batista, Max vai responder um processo administrativo por falta de ética, além do processo criminal, que corre juizado especial criminal de Campinas.

Batista espera que o caso não prejudique o cliente futuramente. "Não se pode crucificar uma pessoa, ele estando errado ou não vai responder por isso, estragar uma carreira promissora é grave", disse o advogado.

*(Foto meramente ilustrativa: reprodução Internet)

Fonte: www.acidadeon.com

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