Coronavírus: China busca homem que seria o 'paciente zero', 4 meses depois do primeiro caso

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bit.ly/2Uf0Mvf | Nesta terça-feira fez quatro meses que a primeira pessoa do mundo contraiu a Covid-19, acreditam cientistas chineses. Num trabalho de médicos detetives, os chineses descobriram que o primeiro caso, muito provavelmente, ocorreu em 17 de novembro do ano passado. Acreditam que se trata de um homem de 55 anos e agora estão à sua procura. Ele ainda está incógnito entre os cerca de 50 milhões de habitantes da província de Hubei, na China, onde surgiu a epidemia de coronavírus.

Encontrá-lo é importante para aprender mais sobre o vírus e sua doença. Informações que contribuirão para o desenvolvimento de vacinas, para entender como o Sars-CoV-2 sofre mutações e se adapta ao ser humano. Em seu corpo e em sua história, o paciente zero guarda respostas para deter a pandemia.

Como ele contraiu um vírus que se imagina ter vindo de morcegos? Ele comeu um morcego ou apenas o esfolou para vender num mercado? Ou ele comeu outro animal que já tinha contraído o vírus? Quais foram seus primeiros sintomas? Ele adoeceu um mês antes de os médicos de Wuhan, a capital de Hubei onde a doença explodiu, começarem a se dar conta que alguma coisa estranha estava ocorrendo.

Autoridades de saúde chinesas e cientistas correm contra o tempo para encontrar o chamado "paciente zero", segundo o jornal South Morning China Post, que teve acesso a documentos de autoridades de saúde.

Os pesquisadores reviraram os registros de hospitais, leram cada prontuário, testaram milhares de pessoas, entrevistaram doentes, fizeram análises genéticas, vasculharam a província inteira onde surgiu a pandemia.

Chegaram a um grupo inicial de dez pessoas que poderiam ser o paciente zero. Quatro homens e cinco mulheres já foram descartados. Restou um homem.

O ponto de partida foi descobrir que a partir de 17 de novembro de um a cinco novos casos de pneumonia viral sem causa conhecida estavam sendo registrados. Em 15 de dezembro, já eram 27 casos por dia. Em 20 de dezembro, o número subiu para 60 e só foi parar de crescer em março, quando a Covid-19 já era uma pandemia.

Segundo o jornal chinês, os cientistas, porém, não descartam que a doença tenha surgido ainda mais cedo. Mas, por ora, é o homem misterioso de Hubei que buscam.

Ana Lúcia Azevedo
Fonte: O Globo

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