Juiz de Joinville zera 40 mil processos de acidentes de trabalho

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bit.ly/30w3RKA | Dois anos e 40 mil ações decorrentes de acidentes de trabalho concluídas. Esse foi o resultado do trabalho do juiz Márcio Schiefler Fontes, da 4ª Vara da Fazenda Pública de Joinville, no Norte do Estado.

Os processos que tramitavam na Vara há dois anos foram zerados no dia 1º de julho e o resultado chama a atenção por se tratar de ações de forte apelo social, uma vez que são casos nos quais o trabalhador precisa da Justiça para acionar uma autarquia federal.

Para o juiz, o resultado positivo foi conquistado graças ao trabalho em equipe e ao foco nas demandas de impacto social. “Para mim é uma felicidade profissional muito grande participar dessa melhora, capaz de influir positivamente na vida dos trabalhadores e de suas famílias, sobretudo quando se tem em conta as dimensões de Joinville, onde vivem quase 10% dos catarinenses”, ressalta Fontes.

O magistrado salienta ainda a dedicação da equipe em um período no qual a dinâmica de trabalho foi totalmente alterada. “A maioria dos servidores do Poder Judiciário está trabalhando em home office e isso impactou positivamente. Tivemos maior produtividade, eles estenderam suas jornadas e se entregaram”, diz.

Fontes destaca ainda o cenário joinvilense diante do país e chama a atenção para a quantidade de ações trabalhistas em um universo de uma cidade industrial que tem a terceira economia da região Sul. “Não é de admirar que Joinville tenham um grande número de acidentes de trabalho, mas nós provamos que, embora tenhamos um grande volume de trabalho, ele não é mais demorado”, fala.

O juiz diz explica, ainda, que o cálculo das indenizações também leva em conta o tempo que o trabalhador leva para ser “amparado” judicialmente, uma vez que, ao conseguir o direito, poderá receber valores retroativos. “Ele pode ter passivos futuramente com valores de menor importância”, explica.

“É algo que impacta nas camadas mais populares, aquelas que fazem a cidade girar”

Para o magistrado, a diversidade de empresas que existem na cidade acaba potencializando os casos. “A cidade tem uma economia diversificada e, além disso, a terceirização de empresas menores, que sobrevivem em torno das grandes empresas acabam não tendo uma estrutura de cautela e precaução como as grandes indústrias possuem”, analisa.

O juiz ressalta o orgulho e o sentimento de dever cumprido com o resultado alcançado em parceria com a equipe, destacando, ainda, a importância de atender com agilidade uma parcela da população que precisa de soluções rápidas. “Para nós é um orgulho muito grande porque são demandas que tratam de uma camada que tem mais dificuldades, são os trabalhadores que fazem a econômica girar. É algo que impacta nas camadas mais populares, aquelas que fazem a cidade girar”, finaliza.

Fonte: ndmais.com.br

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