Quantas vezes posso fazer o exame da OAB até passar?

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bit.ly/2W27iap | O Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)  ocorre três vezes ao ano. É por meio dele que graduados em Direito de todo o país tentam a aprovação para exercer a função. Mas, quantas vezes é possível fazer o exame da OAB para passar?

Essa é uma das dúvidas mais comuns, principalmente por parte daqueles que ainda estão cursando a graduação. A boa notícia é que é possível realizar o exame quantas vezes for necessário para conquistar a aprovação.

No entanto, é preciso estar atento a alguns critérios. De acordo com o edital da última edição (XXXI), que ainda está em andamento, somente podem realizar a prova quem já tenha concluído a graduação em Direito ou que esteja cursando os últimos dois semestres ou o último ano do curso.

Aqueles que se enquadram nos critérios apresentados podem então realizar a OAB. Nos últimos dez anos, o exame é aplicado de maneira unificada, com a mesma prova em todos os estados, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Por ano, a Ordem dos Advogados do Brasil realiza três exames. Os editais das avaliações costumam ser publicados, em média, com quatro meses de diferença. Geralmente, as divulgações ocorrem em janeiro, maio e setembro.

No entanto, com a pandemia do novo Coronavírus, o primeiro exame deste ano ainda não foi concluído. Dessa forma, é possível que a segunda e a terceira edição não sejam abertas ainda em 2020.

25% realizaram a prova mais de três vezes

Nos últimos dez anos, o exame da OAB é aplicado em parceria com a FGV. Ao longo desses anos, foram mais de 3,5 milhões de inscritos e mais de 660 mil aprovados, de acordo com a 4ª edição do estudo "Exame da Ordem em Números", divulgado em abril deste ano.

Da II edição (2010) até a XXIX edição (2019), todas realizadas pela FGV, 61% dos que fizeram a prova foram aprovados. Sendo que, desse total, 40% foram bem-sucedidos logo na primeira tentativa.

Por outro lado, 22% dos candidatos fizeram a prova pela segunda vez, enquanto 13% prestaram o exame por três vezes. Desta forma, 25% dos aprovados precisaram de mais de três tentativas para se tornarem advogados.

Ainda segundo o estudo, 11% dos candidatos, ao longo dos últimos dez anos, realizaram a prova seis vezes ou mais. No entanto, conforme os dados, o índice de aprovação tende a diminuir a cada nova tentativa.

Reprodução Exame da Ordem em Números (Fonte: FGV)

Pela observação dos dados, há uma relação inversa entre a taxa de aprovação e o número de participações dos candidatos nos exames. Conforme o estudo da FGV, nas 28 edições analisadas, a média foi de 3,29 inscrições por examinando.

Desta forma, o estudo conclui que, a cada edição, aproximadamente 30% dos participantes da primeira fase estão fazendo a prova pela primeira vez.

Por outro lado, segundo a FGV, o exame avalia a suficiência do conhecimento acumulado pelo candidato durante a graduação.

"É natural assumir que os examinandos aprovados na primeira tentativa possuem melhor formação. Assim, à medida que vão sendo necessárias novas tentativas, restam participantes cada vez menos preparados para atender às exigências do Exame", diz o estudo.

Com isso, percebe-se que foram necessárias até três tentativas para cerca de 75% dos aprovados na segunda fase (489.066 examinandos). Nesses 75% estão incluídos os 262.479 examinandos que obtiveram aprovação já na primeira tentativa, ou seja, aproximadamente 40% do total de aprovados.

2ª fase da OAB será em agosto

Neste ano, devido à pandemia do novo Coronavírus o XXXI Exame da OAB O foi interrompido. No entanto, em junho, a Ordem dos Advogados do Brasil divulgou a nova data da 2ª fase - 30 de agosto.

A primeira fase do Exame de Ordem de 2020 foi realizada em fevereiro. A data da segunda fase estava marcada para o dia 5 de abril, mas ocorrerá agora em agosto, conforme o comunicado.

Ainda de acordo com a OAB, a Coordenação Nacional do Exame de Ordem Unificado fará a divulgação de um novo calendário da prova, após a aplicação da segunda fase, em agosto.

"Ressalte-se que o objetivo essencial é garantir a segurança plena de todos os examinandos, em uma situação em que a curva de contaminação continua ascendente no país", destacou a FGV, organizadora do exame, em nota divulgada em seu site.

Não foram esclarecidas, no entanto, quais medidas de segurança deverão ser tomadas para a aplicação dos exames. Estima-se que tais definições devam levar em consideração o que determinam as autoridades sanitárias de cada região, visto que a prova é aplicada em todos os estados brasileiros.

Ainda de acordo com a FGV, a Coordenação seguirá acompanhando de perto a evolução da pandemia e as orientações das autoridades sanitárias. Caso necessário, poderá ser feita uma nova alteração de data da segunda fase.

Fonte: folhadirigida.com.br

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