Jurista que coordenou curso de Direito e deu aula como doutora é acusada de plagiar TCC

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bit.ly/31sRSPL | A suposta jurista Cátia Regina Raulino está sendo acusada de plágio de artigo por duas ex-alunas. Após as denúncias, o jornal Metro1 apurou que quase todas as formações proclamadas por Cátia em seu currículo Lattes são falsas. UFBA – onde ela teria feito o doutorado -, UFSC – onde teria feito o mestrado – e UFMA – onde teria feito a graduação  – negam que Cátia tenha obtido o título nas instituições.

Cátia coordenou o curso de Direito na UniRuy (antiga Faculdade Ruy Barbosa), ministrou aulas de direito civil e tributário, além de também ter passado pela Universidade Salvador (Unifacs) e pela Centro de Estudo José Aras. Até agora, Cátia não apresentou sequer uma prova de suas formações para a imprensa ou para a Justiça e sumiu das redes sociais.

Segundo Jornal Metro1, a professora não conclui nenhum dos títulos acadêmicos que afirma ter

Duas alunas a acusam de plágio: Lorena Falcão e Solimar Musse. A primeira teve o seu TCC republicado em um livro como co-autora do texto junto de Cátia sem qualquer autorização. Cátia alegou que esse tipo de processo é simples.

“O meu TCC iria ser publicado num livro de melhores TCCs do semestre, pois eu tomei 10. Ela me orientou, mas nunca mudou nada de substancial no meu texto. Ela pedia somente para mudar de ordem os parágrafos. Eu vim morar na Irlanda, formei em 2017.2. Apresentei o TCC em 2017.1. Quando saiu o livro, eu já estava aqui. Eu nunca vi esse livro, eu vim descobrir agora, por conta dos desdobramentos, que ela publicou como coautora do TCC, coisa que ela nunca foi. Nunca autorizei isso. Amigos me ligaram perguntando se eu sabia isso. Eu disse que não sabia. Ela publicou meu TCC como se fosse um artigo dela. Ela não rescreveu, ela só trocou o nome”, conta Lorena ao Metro1.

O caso de Solimar é mais complicado:

“Ela foi minha professora em Direito Tributário II, foi minha orientadora, então a gente fica mais próximo da pessoa. Eu fiz homenagem para ela e tudo. Quando vi meu texto em uma revista digital com o nome dela, sem qualquer menção ao meu, eu me tremia e chorava ao mesmo tempo”, relembra Solimar.

Ela se defendeu das acusações dizendo que a co-autoria era comum e que havia consentimento das alunas. Agora, o Ministério Público da Bahia está apurando duas acusações contra a professora: a primeira por exercício ilegal de advocacia – Cátia nega que tenha atuado como advogada –  e a outra referente aos plágios cometidos pela professora.

Yuri Ferreira
Jornalista formado na Escola de Jornalismo da Énois. Já publicou em veículos como The Guardian, UOL, The Intercept, VICE, Carta e hoje escreve aqui no Hypeness. No twitter, @porfavorparem.
Fonte: www.hypeness.com.br

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