O primeiro processo havia sido iniciado no sábado (20), um dia após Bolsonaro anunciar pelo Facebook a indicação do general Joaquim Silva e Luna para assumir os cargos de conselheiro de administração e presidente da companhia, em substituição a Roberto Castello Branco. No dia 23, a CVM abriu outro procedimento, já em meio às discussões da administração da companhia sobre a convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para efetivar a substituição do executivo e a análise do currículo do general.
Além disso, a CVM também estuda a possibilidade de abrir um processo para investigar operações atípicas com papéis da Petrobrás nas últimas semanas. De acordo com o Broadcast, do jornal O Estado de S. Paulo, a área técnica do órgão está analisando informações preliminares antes de investigar se houve negociações baseadas em informações privilegiadas.
Apuração da colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo, nesta terça-feira (2), revelou que um investidor pode ter lucrado R$ 18 milhões ao negociar papéis da estatal na última semana. Pois ele teria realizado operações, na quinta-feira (18), que só fariam sentido se realmente acreditasse que as ações iriam cair pelo menos 8% na sexta-feira (19).
O sistema da CVM não indica a apuração de eventuais operações atípicas com papéis da petroleira no período recente. Esse tipo de evento costuma ser monitorado pela Superintendência de Relações com o Mercado e Intermediários (SMI), mas nem sempre as análises se tornam públicas. Questionada sobre a existência de investigação de uso de informação privilegiada (insider trading) com ações da Petrobras nas últimas semanas, a CVM informou apenas que "acompanha e analisa informações e movimentações envolvendo companhias abertas, tomando as medidas cabíveis, sempre que necessário".
Fonte: Estadão
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