A polêmica Operação Policial do Caso Jacarezinho: uma análise fria dos fatos

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Por @leonolascoadvcrim“Texto fora de contexto vira pretexto”

Você sabia que expressões como “TRETA”; “LACRAÇÃO”; “LACROU”; “DESTRUIU” e “POLÊMICA” são muito mais pesquisadas no Google do que “paz”; “amor” e “amizade”?! (guarde esta informação e a utilize como bem entender ou conforme sua própria conveniência).

INTRODUÇÃO

Provavelmente, NOSSA PALAVRA (DE HONRA) seja o que de mais valioso exista em nossa personalidade, portanto, inicio minha provocação, afirmando e comunicando que, não se trata de um texto com viés político (direita e esquerda); não se trata de um texto dissertativo sobre segurança pública / política criminal (não sou “especialista”, nem especialista e tampouco curto o papel de “engenheiro de obra pronta”); não se trata de um texto defendendo os suspeitos do Jacarezinho; bem como, não se trata de um texto defendendo os agentes de segurança pública envolvidos direta ou indiretamente no ocorrido no último dia 06/05/2021, na cidade “maravilhosa”, que, diga- se de passagem, para fins penais, estavam no exercício da função

Cabe ainda ressaltar que nenhum dos agentes de segurança pública presentes na localidade do Jacarezinho, acordou de madrugada “do nada”, se despediu da família para ir trabalhar (em plena pandemia), e de forma aleatória escolheu a referida comunidade jogando “uni duni tê”, não! Claro que não!

Reflita sobre a provocação a seguir exposta, reflita de forma racional, fria, situacional e empática, mas antes, você precisa se despir de todas as suas convicções e certezas ou “convicções e certezas”. Ah, e mesmo que você não faça isso, acredito que no decorrer da breve leitura, o próprio texto se encarregará de expor algumas verdades (in)convenientes. 

Nesse BBB da vida real, nossos agentes de segurança pública já foram “cancelados” e vou além, a falta de clareza e empatia de nossa população em entender o tamanho do problema é tamanha, que provavelmente a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro perderia no paredão para a “Karol Com K”

QUAL O INTUITO DA PRESENTE PROVOCAÇÃO?!

Como o seguro morreu de velho e o desconfiado ainda vive, prefiro me respaldar e explicar o óbvio: eu não sou o dono da verdade, tampouco tenho a pretensão de ser. No máximo, me considero “essa metamorfose ambulante” que (graças a Deus) não tem aquela velha opinião formada sobre tudo. 

Encare essa provocação como um ato de praticar sua visão empática, pensamento crítico, bem como uma oportunidade de treinar um olhar mais realista das situações de risco, gerenciamento e controle de multidões e operações policiais, aonde o agir em legítima defesa por parte do Policial, além de necessário, é devidamente autorizado por lei.

FACILITANDO A DIDÁTICA...

Ibope! Calma, eu disse ibope e não BOPE...

Em linhas gerais, ibope é visualização, ou seja, ibope gera DINHEIRO, e o que você que vai gerar mais lucro?! “CHACINA” ou “operação policial”?  

Capa de jornal com chacina vende mais, mas muito mais mesmo, do que operação policial. Qual a verdadeira intenção daqueles que insistem em repetir que o ocorrido foi “a pior chacina da história do Rio de Janeiro”? Qual objetivo dos que reverberam que a operação policial do último dia 06/05 “foi o massacre do Jacarezinho”? 

Até quando vamos suportar e nos enganar com este tipo de discurso leviano?! Até quando vamos colocar a sujeira para debaixo do tapete de forma leviana e aceitar essas construções irresponsáveis de narrativas?!

Pois bem, como não tenho a intenção de ser leviano com ninguém, tampouco tenho vocação para fazer o papel de “pedra”, vou utilizar o benefício da dúvida, visto que, provavelmente, você não sabe o que fala, tampouco realizou a análise fria e objetiva dos fatos. 

Se você não esteve envolvido direta ou indiretamente no caso, dica número um é: realizar análise fática, de forma fria e objetiva, com o mínimo ou quase nenhum sentimento de paixão/emoção.

Até quando seremos incapazes de debater e resolver os problemas de forma responsável, séria, madura, objetiva e principalmente, buscando saída e respeitando o trabalho do outro?!  

Classificar qualquer ação policial como homicídio estatal / chacina, não resolve o problema, bem como, mandar o pessoal do lado esquerdo da arquibancada chamar o Batman quando precisar, também não resolve. 

PARA REFLETIR, REFLETIR E REFLETIR...

Qual seu grau de compadecimento com o ocorrido em jacarezinho?!

O que você faz além de se revoltar no sofá de casa assistindo o ocorrido?! 

O que você faz efetivamente por um país melhor?!

Que sociedade é essa que não respeita os profissionais da segurança pública?!

Que mundo jurídico é esse que esquece ou desconsidera as causas excludentes de ilicitude?!

Até quando você vai ficar “deitado eternamente em berço esplêndido” estarrecido com os diversos acontecimentos / tragédias que acontecem em nossa cidade?!

Até quando você vai se prestar o papel de “fariseu figurante” que vai protestar em rede social ou na porta da Delegacia ou do Tribunal?!

Você já buscou analisar friamente a situação caótica em que nossa cidade se encontra?! Perdemos a vergonha na cara! Achamos graça da situação, e parafraseando o Frejat, “rir de tudo é desespero”, pelo amor...

Você já se deu conta de que essa babaquice de “eu moro aonde você tira férias” não faz nossa cidade ser maravilhosa?!

O carioca, de maneira geral, se contaminou com o vírus que pelo menos desde 2014 contaminou toda uma nação: aculpaédele14. (a culpa nunca é sua ou do seu candidato, sempre do outro ou do outro candidato).

***Ressalva: o sarcasmo do nome do vírus “aculpaédele14” NÃO apresenta referência alguma à campanha tosca e ineficiente que fizeram recentemente. A licença poética foi utilizada por conta da “nossa” facilidade em transferir culpa e se omitir de responsabilidades básicas como cidadão. A culpa é sempre do outro. O outro está sempre errado! O que Freud chamava de projeção, desde 2014 é conhecido como “aculpaédooutro14”.

Você luta por um país melhor ou luta para que o seu candidato seja o responsável por um país melhor?! 

Reflita! Chega de fugir à luta!

“Mas, se ergues da justiça a clava forte

Verás que um filho teu não foge à luta

Nem teme, quem te adora, a própria morte...”

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Por Leonardo R. Nolasco

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